Relações Exteriores

Parlamentares apostam que Eduardo Bolsonaro quer virar ministro

Fonte do Palácio do Planalto diz que filho do presidente entendeu que o cargo de líder do PSL é uma das formas de permanecer nos holofotes

Por Fransciny Alves
Publicado em 24 de outubro de 2019 | 03:00
 
 

Engana-se quem pensa que o desejo do novo líder do PSL na Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro (SP), de seguir carreira internacional foi enterrado de vez. No Congresso, os parlamentares apostam que, mesmo que Eduardo tenha assumido ter desistido da ideia de ser embaixador dos Estados Unidos, o filho do presidente Jair Bolsonaro é “vidrado” em construir um caminho político no exterior. Para os congressistas, é questão de tempo para ele “inventar” outra coisa. 

Uma fonte do Palácio do Planalto explica que Eduardo entendeu que o cargo de líder é uma das formas de permanecer nos holofotes. O interlocutor conta ainda que, na avaliação do filho de Bolsonaro, não foi perda de tempo ocupar a presidência da Comissão de Relações Exteriores e ficar por meses fazendo campanha para tornar-se embaixador.

Por isso, um dos caminhos prováveis, daqui a alguns meses, seria ocupar o posto de Ernesto Araújo, o atual ministro de Relações Exteriores. Essa ideia já tem sido comentada nos bastidores da Câmara, e, por isso, já há deputados querendo acelerar a tramitação do projeto de que proíbe o nepotismo na administração pública federal. Uma emenda estende a classificação de nepotismo para a nomeação de parente de autoridade para os cargos de ministro de Estado e embaixador. O texto está parado na Comissão de Constituição da Casa.