Direitos Humanos

Pastor busca forma para manter candidatura a presidência de comissão

Aliado do pastor Silas Malafaia e pastor da Assembleia de Deus, Sóstenes teve sua candidatura articulada pelas bancadas evangélica e da bala para tentar derrotar o PT

Por Folhapress
Publicado em 10 de março de 2015 | 17:03
 
 
Deputado Sóstenes Cavalcante busca manter sua candidatura a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Reproducao / Facebook

Mesmo com a manobra regimental do PSD para evitar sua candidatura ao comando da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) decidiu articular uma alternativa para conseguir disputar o cargo e também lançar uma campanha atrás de apoio pelos corredores da Casa.

O corpo a corpo do pastor em busca de apoio deve contar até com modelos contratadas para distribuir, nesta quarta-feira (11) --quando serão eleitos o presidente e vice-presidente da comissão--, panfletos com suas propostas. O deputado ainda discute com aliados ocupar uma vaga de outro partido para conseguir brigar pela presidência da comissão.

Aliado do pastor Silas Malafaia e pastor da Assembleia de Deus, Sóstenes teve sua candidatura articulada pelas bancadas evangélica e da bala para tentar derrotar o PT. O PSD, na semana passada chegou a anunciar a troca da indicação do deputado, tirando-o da titularidade e passando para a suplência, o que o impediria de disputar a chefia da comissão.

Segundos deputados, se ele conseguir a vaga de titular por outro partido, ele teria condições de concorrer à cúpula da comissão.

Pelo acordo de líderes que dividiu o comando das comissões da Casa entre os partidos, caberia a um petista a de Direitos Humanos. A legenda indicou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) para o posto. O partido tem a prerrogativa de designar seus representantes nas comissões da Câmara.

Para não configurar a quebra de acordo, o PSD sugeriu que Sóstenes seja indicado como relator do polêmico Estatuto da Família, projeto que define família apenas como união entre homem e mulher e que, na prática, pode proibir a adoção de crianças por casais gays. Ele não ficou conformado com a solução encontrada por sua legenda.

"Quero que todos saibam que estou nesta batalha em busca dos interesses do povo e acredito que direitos humanos não é tema para partido que apoia governos ditadores", disse.