Mandato de três anos

Petrobras anuncia criação de diretoria de governança

Objetivo, segundo estatal, é "assegurar a conformidade processual e mitigar riscos nas atividades da companhia, dentre eles o de fraude e corrupção, garantindo a aderência a leis"

Ter, 25/11/14 - 19h22

O conselho de administração da Petrobras aprovou, nesta quinta-feira (25) a criação do cargo de diretor de Governança, Risco e Conformidade. O objetivo, segundo a Petrobras, é "assegurar a conformidade processual e mitigar riscos nas atividades da companhia, dentre eles o de fraude e corrupção, garantindo a aderência a leis".

A proposta de criação da nova diretoria foi apresentada ao conselho no dia 14. Na ocasião, o conselho deu aval para o início dos estudos sobre abertura do cargo, de acordo com a presidente da empresa, Maria das Graças Foster. A Petrobras ainda não anunciou quem ocupará o novo cargo. Uma lista tríplice será submetida ao conselho da empresa, com nomes pré-selecionados por consultoria externa especializada em seleção de executivos, "que buscará profissionais de mercado com notório reconhecimento de competência na área", diz a empresa no comunicado distribuído ao mercado. O mandato será de três anos.

Segundo a Petrobras, nos próximos 60 dias, será detalhado o funcionamento da nova diretoria, assim como serão distribuídas as atribuições da área internacional. De acordo com a companhia, não haverá aumento no número de diretores, uma vez que o novo posto substitui a posição de diretor da área internacional. Essa diretoria vinha sendo exercida cumulativamente pela presidente da empresa, Graça Foster, desde que o último diretor da pasta, Jorge Zelada, deixou a empresa, em 2012.

Zelada havia assumido em 2008, em substituição a Nestor Cerveró, quando a Petrobras tentava comprar do grupo belga Astra os 50% restantes na refinaria de Pasadena, quando as disputas com o sócio começavam a se acirrar. Desde março deste ano, a Petrobras é alvo da Operação Lavo Jato, da Polícia Federal, que investiga o esquema de lavagem e desvios de dinheiro em contratos assinados com empreiteiras. Considerando o período de 2003 a 2014, os contratos somam R$ 59 bilhões.

Até agora, 25 envolvidos, entre eles presidentes de empreiteiras e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, foram presos na sétima etapa da operação. Deles, apenas 11 estão agora em liberdade.

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