Após sumiço

Polícia vai investigar caixas achadas com processo de licitação de ônibus em BH

Caixas eram procuradas pela prefeitura desde o começo do ano e foram localizadas por ex-servidor da BHTrans que disse à CPI não saber onde estavam

Por Redação
Publicado em 13 de setembro de 2021 | 19:41
 
 
tarifa ônibus bh Foto: Fred Magno

Após nove meses de procura, as caixas com documentos da licitação de transporte público de 2008 em Belo Horizonte foram localizadas pelo Poder Público. 

Gabriel Azevedo, presidente da CPI da BHTrans, considerou o fato como surreal. Segundo o vereador, a comissão já tinha solicitado o conjunto do processo licitatório, o atual presidente da BHTrans não localizou os documentos. Na última semana, quando a CPI ameaçou uma busca e apreensão, um diretor exonerado "resolveu achar as caixas todas na prefeitura". "Considerando que a última movimentação oficial da papelada foi em 2011, ele foi lá, sem avisar o presidente da BHTrans e pela sua própria vontade retirou as caixas. O cara roubou as caixas do contrato, isso é inacreditável, é surreal" declarou. 

O vereador questionou quem "sumiu" as caixas durante tanto tempo. 

Segundo apurou a reportagem, a Polícia Civil já colheu o depoimento do atual presidente da BHTrans, Diogo Prosdocimi, nesta segunda-feira (13). Foi a primeira oitiva da investigação.

Por meio de nota, a BHTrans, por meio da Prefeitura de Belo Horizonte informou que, desde janeiro de 2021, buscava os documentos da licitação, e somente na noite da última sexta-feira (10) foram localizadas oito caixas contendo a documentação referente ao processo, na empresa que faz a guarda documental. "Nesta segunda-feira, esses documentos foram retirados e entregues na BHTrans por um ex-gerente da empresa de transporte e trânsito. As responsabilidades serão apuradas e a BHTrans vai abrir processo administrativo contra os responsáveis. A BHTrans está fazendo também um boletim de ocorrência na Polícia Civil e registrará uma notícia crime no Ministério Público Estadual. As caixas com os documentos serão arquivadas no cofre do Centro de Operações da Prefeitura para posterior análise da CPI, Polícia Civil e Ministério Público", diz a nota.

O servidor que levou as caixas até a BHTrans tinha dito em depoimento na CPI que não sabia onde estavam os documentos.