ação do Ministério Público

Promotoria do Rio acusa Gabrielli de improbidade administrativa

MP-RJ entrou com ação civil pública contra o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o ex-diretor Renato Duque, e mais seis outros gerentes e funcionários da empresa

Por Folhapress
Publicado em 16 de dezembro de 2014 | 15:02
 
 
Ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e outros sete estão sendo acusados pelo Ministério Público do RJ Fábio motta/ agência estado

O Ministério Público do Rio de Janeiro entrou com ação civil pública contra o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o ex-diretor Renato Duque, e mais seis outros gerentes e funcionários da empresa -entre eles, o delator da Lava Jato Pedro Barusco-, por improbidade administrativa nas obras de ampliação do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras) e do Centro de Processamento de Dados.

Os promotores responsáveis pelo caso também pediram o bloqueio de bens e a quebra de sigilos bancários e fiscais relativos aos períodos em que ocuparam os cargos.

Segundo o MP, houve superfaturamento na obra. O prejuízo estimado é de R$ 32 milhões aos cofres da Petrobras.

A construtora Andrade Gutierrez também está sendo denunciada. Segundo os promotores, houve superfaturamento em quatro contratos das obras, entre 2005 e 2010. Por meio de nota, a empresa afirmou nega que tenha sido notificada pelo Ministério Público, por isso não tem como comentar a ação civil. "A Andrade Gutierrez afirma porém que está à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários, reitera que todos os contratos da empresa com a Petrobras foram realizados dentro dos processos legais de contratação e nega qualquer irregularidade", relatou.  

Em outubro, as auditorias internas da Petrobras haviam apontado irregularidades nas contratações das obras do Cenpes, que também são alvo da investigação do TCU.

A ampliação do Cenpes levou seis anos para ser concluída. Do orçamento inicial, de R$ 1 bilhão, passou para R$ 2,5 bilhões.

Atualizada às 19h17