Risco de confronto

Protestos pró-PT são adiados 

Organizadores transferem para a próxima semana os atos a favor de Dilma e de Lula

Sex, 11/03/16 - 03h00
Insatisfação. Manifestantes prometem ato apartidário, contra a corrupção no Brasil e a favor do impeachment de Dilma Rousseff | Foto: LINCON ZARBIETTI / O TEMPO

São Paulo. Os organizadores do ato Sem Medo de Ser Feliz, agendado inicialmente para este domingo na praça Roosevelt, no centro de São Paulo, e em outras seis capitais, decidiram adiar o evento para evitar confrontos com manifestantes anti-PT que estarão, no mesmo dia, em ato na avenida Paulista.

O adiamento foi definido depois de pedidos feitos por integrantes da Frente Brasil Popular, composta por partidos políticos, movimentos sociais e sindicais ligados ao PT. Segundo organizadores, a nova data deve ser na próxima sexta-feira, dia 18, também na praça Roosevelt e em outras capitais.

Embora a defesa da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estivesse na agenda do ato, a expectativa era de que o Sem Medo de Ser Feliz (trecho do jingle “Lula Lá” da campanha presidencial petista em 1989) fosse um contraponto às manifestações anti-petistas da Avenida Paulista. Entre os organizadores está a Juventude do PT.

Tanto a Frente Brasil Popular quanto a Central Única dos Trabalhadores (CUT) já disseram que não participam de atos marcados para domingo.

Integrantes do governo federal e do PT e aliados de Lula têm procurado militantes de sindicatos e movimentos que marcaram por conta própria eventos em defesa de Lula e Dilma para o dia 13 com o objetivo de desestimular manifestações e evitar confrontos.

O presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, afirmou nesta quinta que o partido exigirá do governo de São Paulo a mesma proteção do ato do dia 13. “O PT defende a livre manifestação. Nós não estamos recomendando que os petistas vão ao ato. Ao contrário, estamos recomendando que não vão ao ato da avenida Paulista”.

“Espero que os coxinhas não vão ao nosso ato e que o governador do Estado coloque a PM (Polícia Militar) para proteger nosso ato da mesma forma que está protegendo agora”, disse. O governador Geraldo Alcmin (PSDB) vetou a manifestação do PT no mesmo dia dos protestos contra a corrupção e a favor do impeachment.

Alckmin avalia ir

Presença. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que cogita participar “como cidadão” da manifestação marcada para domingo na avenida Paulista. “Nossa tarefa é garantir a segurança para uma livre manifestação. Como cidadão, pode ser (que eu vá)”, afirmou o tucano, após encontro com organizadores dos protestos.

The Economist

Preocupação. A revista britânica “The Economist” publica editorial na edição deste fim de semana em que alerta sobre o risco de aumento da hostilidade entre os grupos políticos no Brasil.

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