Política

PSDB pedirá investigação da empresa contratada pela campanha de Dilma

Folha de S.Paulo publicou nesta sexta (5) que técnicos do TSE suspeitam de irregularidades na contratação empresa UMTI, de Florianópolis, que recebeu R$ 874.332,25 da campanha petista

Sex, 05/12/14 - 20h04

A oposição vai ingressar com uma representação no Ministério Público Federal pedindo uma investigação sobre uma empresa que prestou serviços de informática para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. A Folha de S.Paulo publicou nesta sexta-feira (5) que técnicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) suspeitam de irregularidades na contratação empresa
UMTI, de Florianópolis, que recebeu R$ 874.332,25 da campanha petista.

A empresa emitiu notas de R$ 41.268 a R$ 160.328 pela locação de computadores e impressoras e prestação de suporte técnico para o comitê de campanha presidencial. O CNPJ da empresa está ativo desde 2003, mas ela só obteve autorização da Prefeitura de Florianópolis -um dos locais onde declara estar instalada- para emitir notas fiscais no início de setembro deste ano, já em plena campanha eleitoral.

No site da UMTI, há dois endereços e telefones registrados: um em Florianópolis (SC) e outro em Santa Cruz do Sul (RS). O primeiro endereço não é mais da empresa. Nenhum dos telefones existe. A ação será apresentada pelo PSDB. Segundo o líder tucano na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), disse que a movimentação da empresa é muito suspeita. "Essa é mais uma questão grave que ronda a campanha à reeleição da presidente e só ajuda a construir uma situação cada vez pior para ela", disse o deputado.

Presidente do DEM, o senador José Agripino (RN), reforçou o discurso. "É o começo do fio de uma meada que vai se desenrolar. Com o João Vaccari [tesoureiro do PT] envolvido com as denúncias, a campanha de Dilma estará comprometida. É preciso aguardar com muita atenção as constatações que estão por vir. Com elas, providências se imporão."

A reportagem foi a Santa Cruz do Sul, mas a sede da UMTI está fechada e foi vendida recentemente por R$ 48 mil, segundo um funcionário da Karnopp Imóveis. A Folha de S.Paulo visitou um terceiro endereço, também em Florianópolis, que é informado nas notas fiscais e na Receita como sendo a sede da empresa. No local, há um prédio residencial, onde mora o dono da firma, Davi
Unfer.

Ele reconheceu não haver empresa onde mora e disse que ela "funciona" provisoriamente lá porque ele tenta, há dois anos, transferir a sede de sua firma do RS para a cidade catarinense.

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Folhapress