Crise Financeira

Sem repasse, Hospital Mário Penna correu risco de fechar 43 leitos

Alexandre Kalil, prefeito da capital, afirmou que o governo municipal precisou adiantar verba para não prejudicar atendimento

Ter, 30/07/19 - 14h00
CIDADES . BELO HORIZONTE , MG Fachada do Hospital Mario Penna FOTO: LINCON ZARBIETTI / O TEMPO / 10.09.2015 | Foto: LINCON ZARBIETTI / O TEMPO

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O Hospital Mário Penna, no Santa Efigência, região Centro-Sul da capital, quase fechou 43 leitos por causa da falta de repasses do governo estadual, que deve ao município, apenas em 2019, R$ 100 milhões. O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse que o governo municipal precisou adiantar verba para manter o atendimento no hospital.

“Outro dia íamos fechar 43 leitos do Hospital Mario Penna. Tivemos que adiantar R$ 6 milhões, porque não houve repasse. Espera aí, gente, tudo tem limite. Volto a repetir para população de Belo Horizonte: Belo Horizonte só tem tranquilidade, porque é levada com mão de ferro”, disse Kalil na manhã desta terça-feira (30) após reunião no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Kalil se encontrou com o presidente do TJMG, Nelson Missias, representantes do governo do Estado e seus secretários. O prefeito de BH disse que, sobre a dívida de 2018, vai aguardar que o governo Zema acerte os pagamentos com os municípios pequenos primeiro, para depois negociar com o Estado os valores do ano passado devidos a Belo Horizonte.

“Vamos selar o acordo da saúde, que não é pequeno. Deixando claro que Belo Horizonte só vai receber 2018 depois que os municípios mais pobres receberem. Não tem problema. Agora, 2019, não podemos abrir mão do acordo da saúde, porque 65% dos que são atendidos na saúde de Belo Horizonte são do interior de Minas Gerais”, afirmou.

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