Protesto

Servidores públicos protestam na ALMG contra parcelamento de 13º

Insatisfeitos com proposta de Romeu Zema, eles fazem ato no dia da posse dos deputados estaduais

Por Bruno Mateus
Publicado em 01 de fevereiro de 2019 | 13:38
 
 

Aproximadamente 700 servidores públicos insatisfeitos com o ainda breve mandato do governador Romeu Zema (Novo) se reúnem no início da tarde desta sexta-feira (1º), em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde ocorre a posse dos deputados estaduais e a eleição para a Mesa Diretora da Casa. O clima é pacífico e o trânsito na região é bastante lento. A reivindicação mais urgente é relacionada ao pagamento integral do décimo terceiro.

A categoria critica o parcelamento em 11 vezes do 13° salário, anunciado na segunda-feira (28), e a falta de diálogo de Romeu Zema (Novo) com o funcionalismo. Além disso, o governador convive com a pressão dos municípios, que têm a receber do governo estadual mais de meio bilhão de reais.

O Tenente-coronel da reserva, Domingos Sávio de Mendonça, que pertence à coordenação do movimento em defesa dos direitos dos policiais militares e civis, e engloba também agentes socioeducativos e o Corpo de Bombeiros, reprova o início de mandato de Romeu Zema.

"Não aceitamos o parcelamento, exigimos o pagamento integral do décimo terceiro. Os juízes, promotores, defensores públicos e deputados já receberam integralmente. Queremos isonomia", afirmou Mendonça.

Outra crítica do servidor é a suspensão do curso técnico de segurança pública para formação de soldados determinada por Zema. O curso teria início em 12 de fevereiro. Agora, a data prevista para sua realização é março de 2020.

Representantes de cerca de 80 municípios de Minas, como Governador Valadares, Ipatinga, Teófilo Otoni, Barbacena, Curvelo e João Monlevade estiveram na caminhada.

Após às 16h, o movimento segue para a Praça Sete, na região central de BH. "Queremos falar com a sociedade, o apoio dela é fundamental", completou Mendonça. Ele ainda prometeu: "Se Zema não nos atender, vamos acampar na porta da casa dele".

Denise Romano, diretora estadual do Sind-UTE, afirmou que a falta de diálogo com o governador é um dos principais problemas que os servidores encontram.

"Já oficiamos o governo inúmeras vezes para abrir um processo de conversa, de negociação. Nossa principal crítica é o parcelamento do 13º. Queremos que isso seja alterado, o trabalhador não trabalha a prestação. O diálogo com o governo não existe", comentou a dirigente sindical.

A Associação dos Funcionários Fiscais do Estado de Minas Gerais (Affemg) e o Coletivo de Entidades - Intersindical-MG também se uniram ao protesto contra Romeu Zema.

Crime de Brumadinho

Um ato organizado pelo Muitas, gabinete da deputada estadual eleita Andreia de Jesus (PSOL), cobrou justiça pelo ocorrido na cidade da região metropolitana de Belo Horizonte.

"A Vale está matando os quilombolas, as comunidades irracionais e os pescadores", disparou a parlamentar.

"Exigimos justiça sobre o genocídio ocorrido em Brumadinho" era a mensagem de uma das faixas. Em frente a ALMG, cruzes em alusão aos mortos de Brumadinho foram colocadas na calçada com os dizeres: "Vale assassina".