Ações

Sucessores na mira da Justiça 

Deputados que poderão substituir Cunha são acusados de trabalho escravo a lavagem de dinheiro

Sex, 06/05/16 - 03h00

Trabalho escravo, lavagem de dinheiro, crimes de responsabilidade. Os deputados que estão na linha sucessória de deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara têm uma extensa lista de acusações e inquéritos na Justiça. Das dez pessoas que podem ocupar a cadeira mais importante da Câmara – de acordo com linha sucessória definida pelo regimento interno –, apenas uma, a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), terceira secretária da Mesa Diretora, não tem nem nunca teve acusação judicial ou contestação nos Tribunais de Conta.

Outros dois, o segundo vice-presidente da Câmara, Fernando Giacobo (PR-PR), e a terceira suplente Luiza Erundina (PSOL-SP), já tiveram implicações judiciais, mas estão livres atualmente. Os demais sete parlamentares da linha sucessória têm seus nomes envolvidos em problemas judiciais, inclusive o primeiro vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA), que assumiu interinamente a presidência da Câmara após o afastamento de Cunha.

Maranhão. Assim como o presidente afastado, Maranhão é investigado na operação Lava Jato. De acordo com as investigações, o doleiro Alberto Youssef, condenado por lavagem de dinheiro e investigado por outros crimes na Lava Jato, afirmou que Waldir Maranhão foi um dos políticos do PP que receberam dinheiro por meio de uma empresa usada pelo doleiro para distribuir propina oriunda de contratos da Petrobras.

Recorde. O primeiro secretário Beto Mansur (PRB-SP), é o terceiro na linha de sucessão da Câmara e o parlamentar com mais ocorrências. São 47 entre judiciais e nos Tribunais de Contas, de acordo com o projeto Excelências, mantido pela Transparência Brasil. O parlamentar tem quatro condenações por trabalho análogo à escravidão em suas fazendas e responde também por crime de responsabilidade, irregularidades eleitorais, entre outros. (com agências)

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.