Tebet defende exigência de igualdade salarial entre homens e mulheres

A senadora Simone Tebet (MS), candidata à presidência da República pelo MDB, disse, nesta segunda-feira (8), que caso eleita, pedirá que o presidente da Câmara dos Deputados paute como o “projeto número 1” a proibição da diferença salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função dentro de uma empresa.

Em entrevista ao programa Roda Viva, ela disse que ao sair de casa, a mulher “começa sofrendo a maior das violências”.

“Eu tenho duas grandes metas: uma reforma tributária urgente no primeiro dia e pedir para o presidente da Câmara dos Deputados colocar como projeto número 1 de 2023 o que iguala o salário entre homens e mulheres. Essa é a maior violência que uma mulher pode sofrer fora de casa”.

O projeto, de origem na Câmara, chegou a ser aprovado pelo Senado em abril de 2021, mas retornou à análise dos deputados devido a alterações feitas pelos senadores. Desde então, o texto não voltou a avançar.

Segundo o projeto, empresas que pagarem vencimentos diferentes a pessoas do mesmo gênero que cumprem a mesma função serão punidas. Elas deverão compensar a funcionária alvo da discriminação com o pagamento de valor correspondente a cinco vezes a diferença verificada em todo o período da contratação, até o limite de cinco anos. 

Na mesma entrevista, Simone Tebet disse que o presidente Jair Bolsonaro usa de “gracejos” para “diminuir a mulher na sua condição de ser”, além de “dar o mau exemplo e atacar minorias”.

A senadora voltou a defender a manutenção da atual legislação sobre o aborto, que permite a prática apenas em casos de risco à vida da mulher, de gravidez originada por estupro ou de anencefalia.

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