CT Lanna Drumond

Decisão judicial atrasa Planeta América, mas Salum garante obras ainda este ano

Parte do terreno foi invadido e desembargador determinou que o processo seja concluído antes do início das obras na área; clube, então, vai começar por outra parte

Por Thiago Nogueira, Pedro Abílio e Dimara Oliveira
Publicado em 17 de agosto de 2020 | 12:00
 
 
O projeto prevê a ampliação de uma área de, aproximadamente, 79 mil m² para 160 mil m² Divulgação / América

Por causa de um imbróglio judicial criado por uma invasão em parte do terreno do CT Lanna Drumond, o Coelho ainda não conseguiu iniciar as obras do Planeta América, o projeto de expansão de seu centro de treinamento, no bairro Tijuca, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O presidente alviverde, Marcus Salum, explicou que o clube tentou um acordo judicial com os vizinhos, fundamental para que os recursos que seriam disponibilizados numa permuta com a  MRV Engenharia fosse disponibilizado para a obra. A Justiça, no entanto, não acatou o pedido do clube.

"Infelizmente, ainda não começamos o Planeta América, mas vamos começar neste ano num pedaço do CT que não tenha discussão. Temos uma permuta com a MRV, onde vai ter uma torna financeira para o América. Esse terreno teve o problema da invasão, com discussão judicial. Tivemos muito perto de fazer um acordo, um ganho na primeira instância, que foi interrompido depois, porque o desembargador disse que não podia mexer em nada. O juiz deixou claro que a faixa discutida é mínima e, aí, nós íamos começar a obra numa outra faixa, sem problema. Mas eles recorreram no Tribunal de Justiça e o desembargador deu a decisão de esperar todo o processo terminar para começar a obra", detalhou Salum, em entrevista à rádio Super 91,7 FM, no último sábado (15).

O América apresentou o projeto de expansão do CT em maio de 2018, que prevê a ampliação de uma área de, aproximadamente, 79 mil m² para 160 mil m², incluindo dez campos, hotel, área de lazer e estrutura para todas as categorias de base e feminino - além das categorias sub-20 e sub-17 que já treinam no local.

A reforma já era para ter começado, mas sofreu um atraso devido a vários entraves de documentação, revisão de alvarás (após o incêndio no CT do Flamengo, Ninho do Urubu), pandemia do novo coronavírus, infestação de carrapatos e também por causa da invasão, nos fundos do complexo esportivo. O investimento será de aproximadamente R$ 26 milhões, com recursos levantados na permita firmada com a MRV.

O clube, de toda forma, resolveu iniciar a outra por uma outra área, ainda este ano, segundo Salum. "Tomamos a decisão de começar a obra na área que já temos, com algumas modificações, já fazendo o primeiro campo. Lamentavelmente, a torna financeira é que viabilizaria o andamento maior das obras. Está atrasado, mas vai sair", garantiu o dirigente.