Técnico

Dirigente do América revela os bastidores da escolha de Marquinhos Santos

Marcus Salum explicou, em entrevista à rádio Super, como foi o processo que definiu o nome para a sequência da temporada

Por Duda Gonçalves
Publicado em 19 de outubro de 2021 | 16:00
 
 
Marcus Salum está à frente do projeto que visa transformar o América em clube-empresa Mourão Panda / América

Após a saída de Vagner Mancini, a diretoria do América teve três dias para traçar um perfil de treinador que aceitasse um contrato curto, capaz de manter o time na elite do futebol brasileiro e com ideia de jogo similar a atual. Em entrevista exclusiva à Rádio Super, 91,7FM, nesta terça-feira (19), o coordenador de futebol clube-empresa do América, Marcus Salum, revelou como chegaram à decisão.

Lista tríplice de técnicos para o América 

Mancini pediu demissão na quinta-feira à tarde, e em seguida, a alta cúpula americana se reuniu na sede do clube no Santa Efigênia para discutir as opções. “Fizemos uma lista com três técnicos, porque uma coisa é procurar um técnico para fazer um trabalho desde o início, outra é procurar um técnico que vai jogar 11 jogos e vai treinar somente durante a semana, e não poderá mudar muita coisa”, explica.

O novo treinador precisava atender a dois predicados: demonstrar muito interesse em assumir o América e entender o modelo de jogo do time. Segundo Salum a tarefa não foi fácil, e exigiu muito diálogo com os três selecionados sobre o plantel, esquema de jogo e sobre as condições contratuais.

Marquinhos Santos e o perfil do América

"Aquele que se encaixava melhor no atual momento era o Marquinhos Santos, ele era o primeiro da lista, mas ele estava empregado e eu não queria fazer a mesma coisa que o Grêmio fez. O presidente do Juventude é um grande amigo meu”, revela.

Salum conta que ao assistir o jogo entre Grêmio e Juventude, no último domingo (17), percebeu algo de errado. No dia seguinte, Marquinhos foi desligado, e surgiu a oportunidade. “Fiz a proposta. Apesar de ter os outros dois, que o Marquinhos seria mais interessante no atual momento do América. Confesso que se tivesse que jogar a regra do jogo, talvez eu jogasse. Estou cansado de ser bonzinho demais, se eu tivesse que tirar (Marquinhos do Juventude), eu ia pensar duas vezes”, declara.

“Não acho justo trazer um treinador para trabalhar três meses, não acho correto. Como tenho a impactação do clube-empresa, prorroguei até o fim do Mineiro. Preciso trazer um treinador falando que acredito no trabalho dele. Se Deus quiser, e com bons resultados, ele fica mesmo se for clube-empresa”, explica.

Marquinhos Santos chega à Belo Horizonte na tarde desta terça-feira (19) e será apresentado na quarta, pela manhã, por Marcus Salum, no CT Lanna Drumond.

Ofertas de treinadores

Salum conta que após a saída de Mancini recebeu muitas ofertas de treinadores. “Fiquei surpreso com a oferta de treinadores, de nomes que nunca pude imaginar. Foi um trabalho intenso de três dias, e estou muito feliz, porque as últimas quatro escolhas que o América fez foram o Maurício Barbieri, que deu errado no América, mas está muito bem (no Red Bull Bragantino), o Felipe Conceição, o Lisca e o Mancini”, pontua.