À distância

Fisioterapeuta do América detalha trabalho com quatro atletas lesionados

Cristiano Salgado elencou pontos positivos e negativos da parada nos treinos e jogos para quem vinha se recuperando de lesão

Por Isabelly Morais
Publicado em 07 de maio de 2020 | 08:00
 
 
Matheusinho Mourão Panda/América

Dentro de clubes de futebol, a fisioterapia é um departamento com atuação preventiva e combativa de lesões, dentre outras atribuições. Com a pandemia do novo coronavírus e a consequente interrupção das atividades, esse trabalho tem sido realizado à distância. Em entrevista ao SuperFC, o fisioterapeuta do América, Cristiano Salgado, explicou como tem funcionado o trabalho com os lesionados no clube.

"Cada caso é um caso. Essas orientações tem sido feitas à distância através de planilhas semanais. Toda semana entramos em contato com o atleta para saber se a carga, se a forma como passamos o exercício, está sendo conduzida de uma forma tranquila. A partir do momento que o atleta nos dá um feedback positivo, a gente opta em manter ou evoluir sua ficha a cada semana ou 15 dias. Isso de foma individual", conta Cristiano. 

Atualmente, o América tem quatro jogadores lesionados. São eles Neto Berola e Renan Gomes, que estão tratando de ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito; Matheusinho, que teve uma torção no tornozelo direito e Leandro Silva, que sofreu um estiramento na coxa direita. "Cada atleta tem uma atenção e sua individualidade", pondera o fisioterapeuta do clube.

O tempo com treinos e futebol parados possibilitou pontos positivos e negativos do ponto de vista da recuperação dos atletas com lesão, como especifica Cristiano. "Esse tempo parado não deixa de ser um período que serve para recuperar os atletas", coloca Cristiano.

"É bom deixar claro que os atletas do departamento de fisioterapia estão em reabilitação e acompanhamento mesmo à distância. Isso permaneceu todo esse tempo que estamos parados. Com relação aos atletas que vinham tendo algumas pequenas paradas devido a alguma sobrecarga muscular, uma lesão de um grau menos considerado, se viu como uma forma de descanso muscular geral", conta o fisioterapeuta do América.

Cristiano também elencou os pontos negativos de todas as restrições que o departamento tem enfrentado. "O acompanhamento à distância não se equivale ao presencial. À distância, não conseguimos observar se a execução do exercício e do movimento está sendo feita de forma correta. Não conseguimos fazer uma evolução clínica de olhar, colocar a mão, sentir se há evolução. Um ponto negativo é não poder estar lado a lado acompanhando a evolução com o atleta", pondera.