Atlético

Galo segue atrás de técnico, quer Ceni, mas toma cuidado por novo 'não'

Clube procura treinadores já empregados e coleciona recusas nos últimos anos; interino comanda time na decisão

Rogério Ceni | Foto: Fred Magno
Thiago Nogueira
18/04/19 - 08h00

Já são sete dias à procura de um novo treinador. E, por enquanto, nenhum nome acertado. Diante do histórico recente de técnicos demitidos – foram sete nos últimos quatro anos –, a diretoria atleticana quer ser certeira desta vez, mas a tarefa não tem sido fácil. Os nomes hoje livres no mercado não agradam e, por isso, o Galo se vê entre a audácia e a discussão ética, procurando por treinadores empregados.

A recusa de Tiago Nunes, do Atlhetico-PR, na semana passada, gerou troca de farpas entre o presidente do conselho deliberativo do Furacão, Mário Celso Petraglia, e a cúpula alvinegra. O dirigente considerou a procura antiética. Nunes disse ter recebido a proposta de “maneira honesta”.

O nome da vez é o de Rogério Ceni, do Fortaleza. Mas ainda não houve uma investida mais forte, já que o clube cearense está focado na decisão do Estadual. A procura atleticana por técnicos mais badalados ou de contrato com outras equipes não é novidade.

Negativas

Em 2017, após a saída de Roger Machado, o Atlético tentou Abel Braga, que estava empregado no Fluminense, à época. “Alguns amigos me ligaram para falar sobre o Atlético. Só isso. E ligaram já sabendo da minha posição”, disse Abel na ocasião. Sem sucesso, a diretoria atleticana anunciou Rogério Micale, que seria sucedido por Oswaldo de Oliveira.

Em fevereiro de 2018, Oswaldo foi demitido, e o Atlético procurou novamente nomes de ponta, mas recebeu dois “nãos”. Primeiro de Cuca, que iria trabalhar como comentarista na Copa do Mundo da Rússia, e, depois, de Fábio Carille, em alta no Corinthians. “Vi gente dizendo que é antiético. Há um contrato, e tudo num contrato pode acontecer. Tenho certeza de que, se eu tivesse aberto a conversa, o Atlético iria procurar a diretoria do Corinthians”, disse Carille. Sem fechar com quem queria, o Galo ficou com Thiago Larghi como interino por cinco meses e depois o efetivou no cargo.

Em outubro, a diretoria adotou estratégia diferente. Acertou com Levir Culpi, em Curitiba, antes de dispensar Larghi, que treinava o time na Cidade do Galo.

Interino

Decisão

Ainda sem técnico, o Atlético mantém Rodrigo Santana, treinador do time sub-20, como comandante do profissional para a decisão do Campeonato Mineiro. Ele dirigiu a equipe na primeira partida e já está confirmado à beira do gramado para o segundo jogo da final, sábado, às 16h30, contra o Cruzeiro, no Independência.

Perfil

Aos 36 anos, Rodrigo Santana está ciente de que poderá ser efetivado caso o Atlético não consiga contratar um substituto que agrade a diretoria.

Equipe

Rodrigo Santana aguarda a evolução de atletas que se machucaram recentemente para confirmar o time para sábado. Com dores na coxa esquerda, Cazares fez tratamento nesta quarta-feira (17). Luan, que sentiu um desconforto na virilha no último domingo, está liberado para as atividades. Réver, com um problema no tornozelo, ainda é dúvida.

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