Imbróglio

Jogadores rejeitam redução de salário enquanto campeonatos estiverem paralisados

A Fenapaf, representantes dos atletas, apresentou nesta quarta-feira negativa à Comissão Nacional de Clubes, e solicitou aval da CBF para formalização de eventual acordo

Rodrigo Rodrigues
25/03/20 - 21h57

Os jogadores dos principais clubes do futebol brasileiro não aceitaram a proposta feita pela Comissão Nacional de Clubes (CNC), que pretendia reduzir em 25% os salários dos atletas, enquanto as competições estiverem suspensas devido à pandemia do novo coronavírus. A negativa havia sido publicada pelo Super.FC, na manhã desta quarta-feira (25).

No fim desta tarde, em comunicado enviado  ao presidente do Fluminense, Mario Bittencourt, líder do movimento das equipes, a Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) formalizou a discordância dos jogadores em relação ao desconto momentâneo nos vencimentos. 

Na contraprosta, a entidade também estabeleceu que os atletas desejam a concessão de férias coletivas de 1º de abril a 30 de abril, pagamento do salário integral e direito de imagem até o dia 7 do próximo mês, dez dias de licença no fim do ano e o aval da CBF para que todos os pontos sejam cumpridos, sobretudo, a garantia do pagamento dos vencimentos.

Em relação à principal discordância, a Fenapaf argumentou que o artigo 503 da CLT, citado pela Comissão seria inconstitucional, porque "a redução salarial só será possível mediante acordo ou convenção coletiva". Além disso, o documento assinado por Felipe Augusto Leite, presidente da Fenapaf, argumenta que a recusa em se reduzir os salários "se embasa nas declarações de uma grande maioria de atletas que temia o já elevado grau de inadimplência de alguns clubes".

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