No Bola da Vez

Kalil revela que foi chamado de débil mental por não demitir Cuca

O ex-presidente do Atlético e atual prefeito de Belo Horizonte, foi o convidado do programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, que foi ao ar na noite deste sábado (25)

Problemas. Último ano de Kalil na presidência do Galo é marcado por percalços e aborrecimentos, que podem acabar com a chegada de Levir | Foto: DENILTON DIAS / O TEMPO
Felippe Drummond Neto| @SuperFCoficial
26/05/19 - 18h06

Convidado do programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, que foi ao ar na noite deste sábado (25), o sempre polêmico ex-presidente do Atlético e atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil revelou que em 2011, ao não ter demitido o técnico Cuca, após ele perder seus sete primeiros jogos a frente do time, sofreu pesadas críticas da imprensa, que segundo ele chegaram até a chamá-lo de débil mental. 

"Presidente tem que ter sorte e eu tive. Quando eu trouxe o Cuca, que ficou dois anos e meio e pediu pra sair, nós estávamos na zona de rebaixamento e ele perdeu sete jogos seguidos. Só que aí eu te falo, como eu entendia razoavelmente de futebol e estava cercado por gente que entendia de verdade de futebol, eles falavam a cada jogo: 'mas tá melhorando', eu falava, mas só melhorando não dá, assim nós vamos beijar a lona", lembrou Kalil antes de completar. 

"Mas acabou que mantivemos ele em 2011 e não aconteceu a tragédia do rebaixamento. E foi a melhor decisão da história do Atlético, no ano seguinte fomos vice-campeões brasileiros com ele, e depois campeões da Libertadores 2013, e na sequência do trabalho dele ainda ganhamos a Recopa Sul-America e Copa do Brasil em 2014", enfatizou.

Na sequência, Kalil fez uma pergunta retórica para falar sobre o atual momento de Renato Gaúcho e do Grêmio, que atravessam uma má fase.

"O Renato Gaúcho que há alguns anos vem fazendo um grande trabalho no Grêmio, mas passa por uma sequência ruim de resultados, vocês acham que ele desaprendeu? O que aconteceu com o Grêmio? O cara pegou o Grêmio no fundo do poço e levou o time as maiores conquistas possíveis, mas depois disso está mal. Quem advinha uma coisa dessas. Agora essa porta giratória do futebol acontece porque os dirigentes não aguentam pressão e são covardes, na maioria dos casos", afirmou o ex-presidente do Galo.

Foi aí que Kalil contou sobre o tratamento que recebeu na época que optou por manter Cuca no comando da equipe. "Novamente, na minha época com o Cuca, eu ouvia críticas dos jornalistas aos berros, enquanto voltava da Arena do Jacaré, que eu era um débil mental, por não ter mandado o Cuca embora. O pior é que o caminho era longo, já que é uma outra cidade, que eu pedia até para tirar do noticiário e colocar uma música, ou desligar o rádio. Por isso que eu falo que você tem que dar uma sortezinha.

Para finalizar, Kalil elogiou a forma como o arquirrival Cruzeiro conseguiu fazer uma troca de diretoria, sem afetar o trabalho do time em campo. "O Cruzeiro hoje é um exemplo disso, trocou jogador, presidente e tudo mais, mas não mexeu nos responsáveis do futebol", concluiu.

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