Sette 'calado', atrasos e Sampaoli 'diferente' provocam ira no vestiário do Galo

O Atlético vai fechar três meses de atrasos de salários na CLT e quatro em direitos de imagem para os jogadores. Essa situação já é mais que suficiente para incomodar qualquer profissional de qualquer área, mas no caso do vestiário alvinegro, segundo apurou o Super.FC, várias outras situações estão deixando alguns atletas do elenco extremamente irritados.

Além do atraso no pagamento de meses de salários dos jogadores, parte dos atletas está revoltada com uma regalia para Jorge Sampaoli e sua comissão técnica. Enquanto eles não estão recebendo seus pagamentos, o treinador argentino e sua comissão técnica estão recebendo seus vencimentos normalmente. Sampaoli ganha R$ 1,2 milhão por mês.

Outra situação que está incomodando parte do elenco alvinegro é o silêncio do presidente Sérgio Sette Câmara. Segundo fontes do vestiário atleticano ouvidas pela reportagem, o mandatário do clube está "calado" e não conversa com os atletas sobre os atrasos e o fato de Sampaoli estar recebendo seu salário normalmente.

A "cereja do bolo" é a possível chegada de Léo Sena. O meio-campista, atualmente no Goiás, já conversou com alguns jogadores do Atlético para saber mais informações do clube, e os atletas procurados reclamaram dos atrasos, algumas situações internas e ficaram indignados com o fato de a diretoria estar tentando uma contratação e fazer investimentos enquanto não paga os salários de quem já faz parte do plantel.

Em contato com o Super.FC, a assessoria de imprensa do Atlético afirmou "que o clube não comenta assuntos internos". A reportagem tentou contato com o presidente alvinegro Sérgio Sette Câmara, mas ele não atendeu nem retornou as ligações.

Demissão em massa

Enquanto isso acontece no futebol, o Atlético vem fazendo um grande corte de gastos em seu quadro de funcionários. Desde a semana passada, quando o clube iniciou o processo de desligamentos, o número de colaboradores vem diminuindo.

Mais de 50 funcionários deverão ser demitidos por causa da pandemia do novo coronavírus, uma vez que o clube precisa cortar as despesas por não estar tendo receita no período de quarentena.

Nesta semana, o preparador físico Luis Otávio Kalil foi um dos desligados, assim como a responsável pelos mascotes (crianças que entram com os jogadores), Andreia Paiva.

O diretor de operações de estádio, Lucas Couto, tirou licença não remunerada do cargo até agosto.

Na última semana, todos os estagiários do clube, de diversos setores, tiveram seus contratos finalizados.

Atualmente, boa parte dos funcionários que permanecem no quadro de colaboradores do Galo teve seu salário reduzido em 25% a 30%.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.