Só ele não resolve

Messi volta a marcar no Mineirão, mas não salva a Argentina

Cinco vezes o melhor jogador do mundo, o 10 argentino virou reflexo de uma seleção que simplesmente não se encontra

Por Thiago Nogueira
Publicado em 19 de junho de 2019 | 23:59
 
 
Cristiane Mattos/ O Tempo

Ele fez seu segundo gol em quatro jogos no Mineirão mas, ao contrário do que muitos esperavam, não desequilibrou. Cinco vezes o melhor jogador do mundo, o 10 argentino virou reflexo de uma seleção que não se encontra. Carregá-la sozinho? Impossível. Um craque sozinho não move uma seleção.

Messi não produziu a contento, ora isolado, ora tentando resolver na base da individualidade. Era o homem das bolas paradas, mas, no primeiro tempo cobrou mal a chance frontal que teve, e não encontrou os companheiros na hora de centrar os cruzamentos. Era muito pouco por tudo aquilo que carrega em seu DNA.

Como o time perdendo, coube a ele assumir a responsabilidade num momento de pressão. Frio e concentrado, converteu o pênalti no iniciou da segunda etapa. A bola que bateu no fundo das redes voltou em seus braços e já a mandou para o meio-campo. Cara fechada e coraçãozinho para festejar. O gesto para os companheiros indicava um pedido de calma para se jogar com inteligência.

Depois que Armani pegou o pênalti de Derlis González, esperava-se uma Argentina com mais afinco. Mas o máximo que Messi conseguiu foi uma ou outra arrancada e sobre uma ou outra falta. Jogando sozinho ou se escondendo, o certo é que o craque tem muito a trabalhar para esta Copa América.

Em dois jogos até aqui, a Argentina só somou um ponto e corre o risco de até ser eliminada na primeira fase se não vencer o Catar. Na primeira rodada, ela foi derrotada por 2 a 0 pela Colômbia.