Palavra do comandante

Scaloni vê Argentina melhor, ataca arbitragem e projeta futuro positivo

Para treinador, hermanos tiveram melhor atuação no campeonato e méritos suficientes para saírem vencedores no Mineirão

Por João Vitor Cirilo
Publicado em 03 de julho de 2019 | 00:37
 
 
Douglas Magno / AFP

Técnico da Argentina, Lionel Scaloni enalteceu a todo momento a atuação de sua seleção na entrevista coletiva concedida logo após a classificação do Brasil à final da Copa América, com o 2 a 0 aplicado no Mineirão nesta terça-feira (2). Para Scaloni, os hermanos foram superiores e, por justiça, mereceram a vitória. 

"Seria arrogante dizer que preparei o jogo e ele aconteceu como preparei. Ontem disse que teríamos mais posse, superioridade no meio e conseguimos. Não sei se alguém ameaçou tanto o Brasil como a Argentina. A única coisa que não aconteceu é o resultado, que no fim das contas é o que importa. Se houvesse uma seleção que passasse pelo mérito, teria que ser a Argentina. Acontece que, às vezes, o futebol é injusto, mas o Brasil fez o que tinha que fazer e está na final", afirmou.

O comandante argentino foi além, destacando que esta se tratou da melhor atuação da seleção sob seu comando neste torneio. "Não é que o Brasil não fez o jogo dele, mas foi controlado pela Argentina, em algum momento tiveram que ficar ali no meio pra não permitir nossa troca de passes que criava perigo. Não sei se houve tantos jogos que o Brasil jogou dessa forma. É o melhor jogo que a Argentina fez, porque criou muitas situações de gol e sofremos pouco pela situação do jogo. Mas não classificamos", lamentou.

Scaloni aproveitou para criticar decisões da arbitragem. "Eu não gostei da arbitragem. O jogo começou a ficar desequilibrado com as decisões do juiz. Em um Brasil e Argentina ninguém vai jogar na ponta do pé. O juiz não ajudou", opinou em duas respostas, afirmando não ter visto os possíveis lances de pênalti reclamados e destacando que faltou critério. "Nos pequenos lances, todas as vezes, a decisão foi para o adversário", completou.

Ele também projetou um futuro positivo para o selecionado argentino. "Para os meninos, é um golpe menos duro porque deixaram tudo em campo. Se esse for o caminho a ser seguido, virão coisas boas. Se pensarmos que somos obrigados a ganhar porque não ganhamos há muito tempo a pressão vai ser diferente.

Claro que teria sido melhor com um título para eles, mas estamos falando de uma geração que pode oferecer muito ainda. Tomara que o torcedor fique com as coisas boas, se identifique com esse time", finalizou.