O CAPITÃO

Um ano depois de ver Copa do sofá, Dani Alves assume holofotes da seleção

Atleta mais assediado do elenco, lateral-direito busca no Brasil o título de número 40 na carreira, o quarto com a Amarelinha

Capitão Daniel Alves espera que seu exemplo inspire toda a seleção brasileira | Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Josias Pereira| @superfcoficial
16/06/19 - 11h16

São Paulo. Sem Neymar, o lateral-direito Daniel Alves converteu-se na principal referência do assédio da imprensa. No Morumbi, por exemplo, ele foi o último a aparecer na zona mista e foi também o último atleta da seleção a deixar o local depois de várias respostas a variados meios de comunicação. Em 2018, o baiano, hoje aos 36 anos, só pode assistir seus companheiros na campanha da Copa da Rússia.

Uma ruptura do ligamento cruzado anterior o fez passar por uma intervenção cirúrgica que o afastou do Mundial. Um ano depois, no Brasil, ele tem não só a missão de referência, como também o capitão da seleção brasileira. Em comparação com os antigos detentores da braçadeira, Daniel Alves não se esconde, assume seu papel. 

"Sempre que eu pisei o pé aqui na seleção, eu sou um protagonista. Vestir essa camisa te dá esse grau de protagonismo, mas não são todos que conseguem vestir essa camisa, não são todos que conseguem representar a seleção brasileira", disse o jogador à reportagem do Super FC depois da vitória sobre a Bolívia por 3 a 0, pela abertura da Copa América.

Na próxima terça-feira, Daniel Alves volta ao seu estado natal, a Bahia. A Arena Fonte Nova recebe o duelo entre Brasil e Venezuela. E ele não tem dúvidas de que sua influência como capitão não ficará apenas no gramado. 

"Vou levar bastante gente. Metade do estádio vai ser meu. É sempre uma satisfação muito grande voltar aonde tudo começou, naquela terrinha", destaca. 

Um capitão que busca no Brasil o 40º título na carreira, sendo o quarto pela seleção e sua segunda Copa América, uma vez que esteve no grupo vencedor de 2007. 

O vasto currículo e o futebol praticado em alto nível há bastante tempo é a chave de Daniel Alves na tentativa de contagiar o restante do elenco da seleção brasileira. Ele sabe bem disso. Um time com atletas jovens, que ainda buscam se acertar em meio à pressão de mais um campeonato em casa e a necessidade de dar uma resposta para as duas dolorosas eliminações em Copas do Mundo, inclusive sem a presença do próprio Daniel Alves nas duas. Na reta final do Mundial de 2014, ele perdeu a vaga de titular para Maicon. 

"Acredito que minha trajetória foi sempre assim, sempre tentando fazer o melhor e espero que isso contagie todos os jogadores que aqui estão e que possamos cumprir com o nosso objetivo, com a nossa missão que é para isso que a gente veio aqui. Para ser campeão", salientou o mulitcampeão Daniel Alves. 

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