Apoio de rivais, sufoco e invasão: cruzeirenses dominam ruas de Buenos Aires
Torcedores do Cruzeiro não estão medindo esforços para acompanhar o time no sonho do tri da Libertadores
Em alguns dos principais pontos de Buenos Aires, como a Rua Florida, a Avenida de Mayo, 9 de julio e Obelisco, além do tradicional Porto Madero e até mesmo "La Boca", tem sido comum ver a movimentação intensa de torcedores do Cruzeiro, que enfrentaram verdadeiras odisseias para estar na capital argentina para o duelo com o Boca Juniors. Uma oportunidade única de adentrar em La Bombonera, um dos maiores palcos do futebol mundial.
Histórias como a de Felipe Ribeiro e seus amigos Alexandre, Jonathan e Paulo, que encararam problemas no voo de Montevidéu e chegaram na Argentina sem mesmo saber em qual hotel ficariam.
"Estamos aqui sem hotel, sem saber onde vamos ficar, mas todo o sofrimento que o Cruzeiro está nos fazendo passar vai valer a pena. Vamos passar por cima do Boca e calar La Bombonera", diz o torcedor cruzeirense.
Um sentimento que não tem preço. A presença da torcida celeste é maciça. No bairro de "La Boca", nas cercanias do estádio do time xeneize, a festa se repetia, com a torcida cruzeirense puxando os cânticos e mostrando um pouco da agitação que toma conta do confronto.
Cerca de 3500 torcedores do Cruzeiro são esperados em La Bombonera, muitos ainda irão chegar nesta quarta-feira e que estão se deslocando de ônibus rumo à capital argentina. Desde 2008, a Raposa não se encontra com o hexacampeão da Libertadores. Uma batalha de camisas pesadas que definirá um dos semifinalistas da competição continental em 2018.
E os cruzeirenses também ganharam a torcida dos aficionados do River Plate, rival histórico do Boca, e também de outros times de Buenos Aires, como o San Lorenzo.
Pessoas como o motorista do aplicativo Uber, Maurício Rodolfo. "Eu também sou Cruzeiro. Contra o Boca eu sou Cruzeiro", brinca o hincha de River Plate. Um apoio declarado, mas que logo se rende à possibilidade de um duelo com o maior rival na final da Libertadores. "River e Boca na decisão, quem sabe?", comenta. "Seria muito melhor para nós do que enfrentar o Cruzeiro. Mas para eliminar o Boca é preciso vencer dentro da "cancha" deles", complementa o argentino, orientando o caminho da pedra.
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