Contra a parede

Aspecto psicológico volta a interferir no Cruzeiro, dessa vez nos jogos em casa

Time vem sempre saindo atrás no marcador nas partidas disputadas no Gigante da Pampulha; história se repetiu contra o Confiança

Por Josias Pereira
Publicado em 28 de novembro de 2020 | 08:00
 
 
Cruzeiro voltou a desapontar sua torcida atuando em casa Bruno Haddad/Cruzeiro

Pelo terceiro jogo seguido atuando no Mineirão, o Cruzeiro voltou a apresentar o mesmo roteiro de começar atrás no marcador, só que dessa vez acabou derrotado pelo Confiança. Nas outras duas partidas, contra Guarani e Figueirense, o time ainda conseguiu chegar o empate. O resultado tirou a invencibilidade de nove jogos da Raposa, que até então era a maior da Série B, e impôs a Felipão sua primeira derrota no comando estrelado. 

Para piorar, frustrou mais uma vez os planos do clube de, enfim, caminhar para uma arrancada na disputa da segunda divisão. Oscilações que são a tônica da Raposa durante todo o torneio. Quando parece que o time vai engatar, um balde de água fria devolve o torcedor à dura realidade. O time se mantém na 15ª posição, com 28 pontos conquistados. 

Após a partida, Felipão destacou algo que o Cruzeiro vem apresentando em diversas situações nesta temporada: o abalo psicológico. Por muito tempo, essa quebra mental aconteceu pela falta de confiança. Agora o dilema vem sendo jogar no Mineirão. 

“Aqui, nos últimos três jogos, saímos aos três, aos quatro e aos dez minutos tomando gol, coisa que faz com que nossa equipe fique totalmente desorganizada. Sabemos que temos algumas dificuldades na equipe sim, principalmente nesse aspecto psicológico e nas dificuldades de propor o jogo", disse Felipão após a partida.

"Esses gols aos 3 ou 4 minutos faz com que nossa equipe se desarvore. Não adianta, nós sabemos disso. Vamos trabalhar em cima do projeto que temos para melhorar algumas situações de jogo aqui (dentro do Mineirão)”, acrescentou o comandante. 

Na Série B, o Cruzeiro entrou em campo 13 vezes no Mineirão. O time possui um rendimento de apenas 41%, com cinco derrotas, quatro empates e quatro vitórias. Com Felipão, foram apenas cinco pontos em 12 no Gigante da Pampulha, o que comprova a necessidade de ajustes caso o Cruzeiro almeje ainda alguma possibilidade de flertar com um acesso ou queira se distanciar de forma efetiva da zona de rebaixamento da Série B.