Momento de incertezas

Cruzeiro discute medidas para amenizar os efeitos da paralisação no futebol

Núcleo Dirigente Transitório intensificou tratativas para superar a crise financeira pela qual passa o clube, que deve ser potencializada pela pandemia do novo coronavírus

Por Da Redação
Publicado em 24 de março de 2020 | 17:48
 
 
Sede administrativa do Cruzeiro, no Barro Preto, com faixa de campanha criada pelo clube no início da temporada 2020 Reprodução / Twitter / Cruzeiro

As dificuldades que o Cruzeiro já enfrentaria na temporada, com o caixa em baixa e o time na Série B do Campeonato Brasileiro, foram potencializadas com a pandemia do novo coronavírus que alterou toda a programação esportiva no Brasil e no mundo. No futebol, o reflexo será imediato no planejamento financeiro de todos os clubes, com perda de patrocinadores, ausência de faturamento com bilheterias, vendas de produtos, entre outros.

Com a paralisação das competições, a diretoria estuda medidas para amenizar os efeitos da crise. Nessa segunda-feira, por exemplo, o Núcleo Dirigente Transitório da Raposa se reuniu para tratar do assunto.

“O Cruzeiro já vivia uma fase de intensa economia, renegociações e busca por alternativas para superar a crise financeira do clube. E agora intensificamos ainda mais estas ações. Devemos dar férias agora para a maioria dos funcionários, e uma outra parte seguirá trabalhando em escala ou em home office. Nosso departamento comercial está trabalhando ativamente, conversando com nossos parceiros e patrocinadores, para fortalecer os acordos e para que os impactos com a crise sejam minimizados, com corte de despesas através da utilização de propriedades comerciais, e aproveitando as entregas que podemos fazer neste momento totalmente atípico”, explicou André Argolo, diretor executivo estrelado.

O dirigente destacou, ainda, que outras medidas estão sendo estudadas em conjunto com outros times, na Comissão Nacional dos Clubes, para que a pausa dos campeonatos não afunde os clubes numa recessão financeira ainda mais grave.

“Este foi um dos assuntos discutidos na Comissão. A ideia é dar férias coletivas aos jogadores de 20 dias a partir de abril e 10 dias entre o fim do ano de 2020 e início de 2021. É um momento muito difícil para todos os clubes e outras medidas estão sendo avaliadas”, disse Argolo.