Ambiente pesado

Cruzeiro tenta juntar os ‘cacos’ em Belém para aliviar a pressão na Toca II

Depois da goleada para o Avaí e a invasão de torcedores ao CT, Raposa encara o Remo, terça-feira (20), com a obrigação de pontuar para melhorar a posição na Série B

Por Rodrigo Rodrigues
Publicado em 19 de julho de 2021 | 06:00
 
 
Sem vencer há seis jogos, o Cruzeiro tentará a reação em Belém Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Ainda faltam 26 rodadas para o fim da Série B do Brasileiro, mas o Cruzeiro já convive com uma pressão crescente por melhores resultados que o façam brigar pelo acesso. Em 16º lugar, com apenas 11 pontos em 12 partidas, na Toca II todos têm ciência de que temperatura pode aumentar ainda mais, caso o time não conquiste um bom resultado na terça-feira (20), quando enfrentará o Remo, às 19h, no Baenão, em Belém.

O time paraense é comandado pelo técnico Felipe Conceição e soma 13 pontos, na 14º colocação. Por isso, o duelo pode ser analisado como um confronto direto por melhores posições na tabela, embora seja na parte de baixo.

A Raposa vai ao Norte do país levando na bagagem a obrigação de vencer, algo que não ocorre há seis partidas. O último triunfo foi há quase um mês, quando bateu o Vasco por 2 a 1, no Mineirão, em 24 de junho, pela sexta rodada. Desde então, amargou quatro derrotas e dois empates.

A carência de bons resultados parece ter esgotado a paciência da torcida. Prova disso foi a invasão promovida à Toca II na noite desse domingo (18). Integrantes de uma facção organizada do clube derrubaram um portão do CT e acessaram o local onde os jogadores faziam atividade regenerativa, para protestar contra o presidente Sérgio Santos Rodrigues, comissão técnica e jogadores. A Polícia Militar foi acionada e o ato de vandalismo terminou sem registro de agressões físicas.

O ocorrido coloca ainda mais pressão no grupo azul e branco. Antes da invasão à Toca, o técnico Mozart Santos concedeu entrevista e pareceu prenunciar o caldeirão fervendo onde se encontra a Raposa.

“Em clube deste tamanho a pressão é diária. Mesmo se estivéssemos lá em cima, a pressão seria para continuar lá. Infelizmente, como estamos lá embaixo, a cobrança é para sairmos dessa situação. Acho natural a pressão”, pondera Mozart.

“Temos de lidar de forma bem natural com essa pressão, essa insatisfação da torcida, mas pode ter certeza de que todos os dias estamos fazendo o melhor para reverter esse quadro”, acrescenta.

Juntar os cacos

Mais do que pontuar em Belém, o Cruzeiro vai a campo tentando melhorar a imagem ruim deixada na goleada para o Avaí por 3 a 0, no Mineirão.

“Uma derrota como essa pode gerar algumas dúvidas e não podemos deixar que isso aconteça. Mais do que isso, é não perder o foco, tentar juntar os cacos que uma derrota dolorosa como essa causa, passar tranquilidade ao jogador, confiança. É óbvio que a derrota dói, mas não muda a minha convicção”, argumenta Mozart.