Diretoria explica dívida de meio bilhão e não teme Polícia Civil

A dívida do Cruzeiro beira os R$ 520 milhões, conforme balanço divulgado pelo clube. Houve um crescimento da dívida da gestão passada para a atual administração que vem sendo considerada normal pelos dirigentes celestes.

O diretor financeiro do Cruzeiro, Flávio Pena, explicou que a atual gestão pegou o clube com extrema dificuldade financeira, daí os motivos de empréstimos (inclusive o de R$ 2 milhões contraídos junto ao empresário Cristiano Richard).

"A dívida é alta, e o pior, é que tivemos valores de salários atrasados, dois ou três meses, mais meses de imagem atrasados, mais imposto de renda, o que obrigou uma antecipação de R$ 50 milhões. Isso gerou uma exposição de caixa do clube. O que fez o Cruzeiro pegar os R$ 2 milhões (com o empresário Cristiano Richard). É função de caixa, é desespero. Nossa obrigação foi reduzir as taxas e custos financeiros, como o presidente disse, que em 2017 tínhamos taxas a 4,5%. Reduzimos para 1,5%. Mesmo assim, a dívida que pressiona o caixa é iminente, como o caso da Fifa, que tivemos que pagar, e gerou problema. Todos os dias temos que fazer uma engenharia, para rever a situação".

O vice-presidente de futebol do clube, Itair Machado, detalhou as dívidas que a atual gestão vem enfrentando.

"São R$ 17 milhões de juros, mais R$ 50 milhões de dívidas passadas. Tem R$ 23 milhões que são nossa (dívida). Tem mais R$ 6 milhões de bloqueio da Minas Arena e mais R$ 6 milhões que foram acrescentaram no processo do William Bigode. Só isso já deu R$ 102 milhões", explicou.

O presidente do clube, Wagner Pires de Sá também entrou no assunto.

"Recebemos uma dívida de quase R$ 500 milhões, sendo que R$ 180 milhões consolidada. Dívida iminente de 300 milhões. O que dá R$ 6,4 milhões mês. Solicitamos empréstimo internacional para baixar a dívida". 

Itair falou sobre a exposição negativa na qual o clube está e garantiu tranquilidade em relação às investigações da Polícia Civil.

"Aqui no Cruzeiro não tem desonesto. Estamos sendo perseguidos. O processo da Polícia Civil já existia e não chama processo, chama procedimento, dura meses, começou por denúncia anônima, foi fogo amigo, concluído e arquivado. Agora, com essas matérias, o procedimento foi reaberto. Mas o Cruzeiro confia na Polícia Civil. O Cruzeiro está tranquilo quanto a isso", declarou.

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