Resposta

Gilvan rebate Alvimar e afirma não ser o responsável pelas dívidas do Cruzeiro

Presidente de 2012 a 2017 afirma ter deixado cargo com endividamento compatível aos grandes clubes, além de ativos que renderam cerca de R$ 200 milhões à gestão de Wagner Pires de Sá

Da Redação| @otempo
02/08/21 - 19h06

O ex-presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, divulgou um vídeo nesta segunda-feira (2) para rebater o também ex-mandatário da Raposa, Alvimar de Oliveira Costa, que, em entrevista do SuperFC nesse domingo (1º), defendeu Sérgio Santos Rodrigues. Na avaliação de Alvimar, o atual dirigente estrelado é vítima da irresponsabilidade das gestões de Gilvan (2012-2017) e Wagner Pires de Sá (2018-2019).

“A pura realidade é que ele (Sérgio) é uma grande vítima. Assumiu o Cruzeiro sabendo da condição financeira, mas não sabia que teria uma pandemia pela frente, que também atrapalhou as finanças não só do Cruzeiro, mas de todos os clubes do país. Gosto de ressaltar que o doutor Gilvan foi muito infeliz e o Wagner acabou jogando a pá de cal”, acusou Alvimar.

No vídeo, Gilvan argumenta que ao deixar o cargo, no fim de 2017, as dívidas trabalhistas e com a Fifa estavam sendo negociadas e só venceram na gestão seguinte.

“Com relação às dívidas com a Fifa que ele (Alvimar) me acusa de ter deixado, ele está sendo injusto. Quando eu era presidente, não havia nenhuma dívida com a Fifa vencida, mas estavam sendo discutidas. Nosso advogado achava que a gente podia ganhar ou diminuir aqueles valores. Não iríamos fazer loucura de antecipar pagamento que a gente podia ganhar ou diminuir. Não é justo ele me acusar de ser devedor da Fifa”, rebateu Gilvan.

Além de argumentar não ter sido o responsável pelas dívidas na Fifa, que resultaram ano passado na perda de seis pontos na Série B do Brasileiro e, agora, impedem o time de registrar atletas, Gilvan diz que a dívida da Raposa aumentou em três vezes na gestão de Wagner.

“Quando deixei a diretoria do Cruzeiro, mais da metade da dívida era de longo prazo. A de curto prazo foi elevado pela nova administração em três vezes, chegando a R$ 610 milhões. Não é responsabilidade da minha administração se alguém que me substituiu aumentou de forma irresponsável essa dívida. Não é justo o Alvimar atribuir à minha gestão. Os valores eram perfeitamente viáveis e compatíveis com as dívidas dos grandes clubes do Brasil. O Cruzeiro tinha condições de pagar”, argumenta.

O ex-dirigente ainda argumentou ter deixado um time forte que conquistou títulos, gerou mais receita e teve o caixa reforçado com a venda de atletas.

“Esse time ganhou a Copa do Brasil, que rendeu R$ 61 milhões de premiação, ficou bem classificado na Libertadores e bem colocado no Brasileiro. Tudo isso deu cerca de R$ 80 milhões de receita. Depois, a diretoria vendeu jogadores por quantias fantásticas, algo em torno de R$ 110 milhões. Somando tudo isso dá no mínimo R$ 200 milhões que deixei nas mãos da diretoria que me substituiu”, defende-se Gilvan.

“As dívidas na Fifa eram de R$ 55 milhões. Só a venda do Arrascaeta pagaria toda essa dívida. Por que a diretoria que me substituiu não pagou essas dívidas?”, acrescentou o ex-dirigente.

 

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