Capitão

Henrique: marca no Cruzeiro, revolta com derrota e tudo ou nada no returno

Volante do Cruzeiro discorreu sobre seu momento de impotência após passeio do Grêmio, no Horto; atleta vai completar contra o Flamengo 499 jogos com a camisa celeste

Henrique não escondeu sua insatisfação com momento atravessado pela Raposa, atualmente no Z-4 do torneio nacional | Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
Josias Pereira | @superfcoficial
17/09/19 - 16h46

Com a experiência de quem está no Cruzeiro de forma ininterrupta desde 2013, o volante e capitão Henrique mostrou seu incômodo com a situação que o time estrelado vem atravessando no Brasileirão. A equipe ocupa a zona do rebaixamento, mais precisamente o 17º posto, com apenas 18 pontos conquistados, a pior campanha da história da Raposa no Brasileirão de pontos corridos. 

No jogo contra o Grêmio, quando o Cruzeiro foi goleado por 4 a 1, dentro do Independência, Henrique foi o jogador em maior estado de consternação, sendo consolado pelos companheiros. 

"Depois que você sofre uma derrota de 4 a 1 também, dentro da sua casa, claro que o Independência não é nosso estádio, mas com o nosso mando de campo, foi um desabafo de revolta, frustração, indignação. Foi um momento meu, não pensei em ninguém, foi meu sentimento de indignação, de revolta mesmo. Acho que isso faz parte de um ser humano, de uma pessoa que trabalha para buscar o seu melhor sempre, buscar o resultado sempre. E serei dessa forma sempre que achar necessário e que meu coração naquele momento for colocar para fora. Acho isso natural de um ser humano que está ali querendo o bem estar e o melhor para a sua equipe", analisou Henrique. 

No próximo sábado, às 19h, no Mineirão, o Cruzeiro inicia a jornada no returno e não há mais tempo para qualquer tipo de erro. A Raposa vai precisar de uma campanha de recuperação, necessitando de 27 pontos em 57 para chegar ao número mágico de 45, o que é considerado pelos especialistas como o necessário para a permanência na Série A. 

"Não tem mais onde você se recuperar. É um jogo contra o adversário, é somente volta, não tem mais ida, porque o primeiro turno acabou. É o jogo que tem. Temos que buscar os resultados, as vitórias necessárias para que a gente cresça, a gente tire o Cruzeiro dessa situação. É trabalhando, focar nos nossos objetivos. É tirar força de onde for necessário para sair dessa situação", ressaltou o capitão celeste. 

No jogo contra o Flamengo, Henrique vai chegar ao jogo de 499 com a camisa do Cruzeiro. A proximidade do jogo de número 500 é um momento especial para o atleta. Todavia, o feito, extremamente raro dentro do futebol nacional, contrasta com a fase celeste. Henrique também comentou sobre a sensação dividida. 

"Claro que eu gostaria de estar vivendo isso em um momento melhor ou em outra situação, mas, como eu falei, às vezes na dificuldade você vê forças para superar todos os obstáculos. O futebol de hoje muda muito de time, os atletas, atingir essa marca de 499, depois 500, são para poucos atletas. Eu, cada vez que chego a marcas de jogos, sempre busco mais, eu não paro, não me acomodo, não fico estagnado em posição nenhuma. Quero sempre tirar de forças para ver onde eu posso chegar. Feliz pela marca, mas pela situação não. Vamos buscar para que essa marca seja com vitórias", encerrou o volante. 

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.