Análise tática

Letal no ataque e firme na marcação: Cruzeiro liga modo Copa e Galo sofre

Uma das situações salientadas por Robinho após a partida contra o Atlético foi a necessidade de um auxílio maior do setor ofensivo do Cruzeiro na marcação

Por Josias Pereira
Publicado em 12 de julho de 2019 | 13:37
 
 
Cristiane Mattos/O Tempo

O Cruzeiro torna-se um time bastante letal quando ativa o Modo Copa. Na partida dessa quinta-feira, no Mineirão, as estatísticas mostram o time de Mano Menezes com menos posse de bola: 41% contra 59% do Atlético. Uma diferença que ficou exposta no controle dessa posse no ataque, com o Cruzeiro trocando passes no setor ofensivo em apenas 18% do tempo. 

Todavia, a capacidade de conclusão do time foi fundamental para o placar dilatado. Utilizando-se de um contragolpe veloz, o time finalizou em sete oportunidades, com cinco conclusões a gol e três gols marcados, como mostra os dados do Footstats. 

Na análise do meio-campo, é possível ver que o lado direito, faixa onde atua Robinho, o Cruzeiro teve 17% da posse de bola. Já o Atlético teve mais presença no setor ofensivo, com 36% da posse de bola. Porém, dentro da área cruzeirense, o time só conseguiu ter 3% de posse. 

Os números mostram que mesmo atacando pelos flancos, o Atlético não foi incisivo. Rodou a bola na frente, mas finalizou, de acordo com o Foostats, apenas uma uma vez a cada 66 passes trocados. Foram sete finalizações erradas e duas certas; 

Um Cruzeiro mais pegador 
Uma das situações salientadas por Robinho após a partida contra o Atlético foi a necessidade de um auxílio maior do setor ofensivo do Cruzeiro na marcação. 

"Nós voltamos a fazer o que sempre fizemos nos outros anos e que nós deixamos de fazer nesses dois meses para trás. Voltar a marcar, voltar a fechar, um ajudar o outro companheiro. Porque a gente estava deixando e pensando: 'ah, o Romero vai resolver, o Léo vai resolver, o Dedé'. Então o pessoal da frente recuou, correu mais, roubou muito mais bolas. No lance do meu gol, o Marquinhos roubou bola lá na frente", pontuou Robinho. 

Foram 17 desarmes certos da Raposa contra 10 do Atlético. Além disso, o Cruzeiro teve cinco interceptações certas. Essa performance foi essencial para que o time celeste voltasse a estabelecer uma marca importante: não sofrer gols, algo que era uma das grandes cobranças na parada para a Copa América.