Candidato à presidência

Sérgio Santos Rodrigues: 'Itair e Wagner eu não quero ver nunca mais na vida'

Advogado de 37 anos cutucou chapa concorrente, afirmando apoio de seus integrantes a que ajudou a fazer 'atrocidades' com o clube nos últimos anos

Por Daniel Ottoni
Publicado em 02 de maio de 2020 | 15:29
 
 
esportes

Candidato à presidência do Cruzeiro, o advogado Sérgio Santos Rodrigues, de 37 anos, foi o convidado do Super.FC 1ª edição deste sábado. A eleição, marcada para o próximo dia 21, vai permitir que o novo mandatário assuma no dia 1º de junho para um mandato mais curto, até o final do ano somente. Uma outra eleição deve acontecer em outubro para definir o novo presidente nos próximos três anos. Sérgio já deixou clara sua opinião para que a gestão vencedora da eleição do dia 21 durasse três anos e meio, mesmo com tal situação não estando presente no estatuto do clube. 

"Esta seria uma situação excepcional e cheguei a dar esta sugestão. O estatuto fala que casos omissos podem ser resolvidos por deliberação. O conselheiro poderia ser perguntado, após o voto para presidente do clube e do Conselho Deliberativo, se aprova o mandato por três anos e meio", sugere.

Sérgio sabe que apoiadores serão fundamentais no seu caminho rumo à presidência do Cruzeiro. Tanto no atual momento como no futuro, caso sua vitória se confirme, ter apoio de pessoas importantes e influentes do clube será primordial. "Tenho ótima relação com pessoas como Pedro, do Supermercados BH, Zezé Perrela, Alvimar e César Masci, que já declararam apoio a mim. A exceção fica por conta de Itair Machado e Wagner Pires de Sá, estes dois eu não quero ver nunca mais na vida. Na chapa do Ronaldo Granata, o vice dele assinou aprovando a volta do Itair Machado ao clube. O próprio Ronaldo, nos últimos meses, estava trabalhando ao lado do Itair. São pessoas lutando por diferentes objetivos, já senti na pele alguns que não estão conversando mais conosco, mas estamos focados em nossa campanha. Não fazemos troca-troca de cargos nem conchavos, nossa proposta é a mesma de 2017. O que queremos é um caminho de construção do clube e não vamos aceitar este tipo de política", garante. 

Saindo na frente

Apesar da eleição ainda não ter acontecido, Sérgio já se movimenta e ganha tempo para ter situações encaminhadas, caso assuma o cargo. "Já fiz contato com bancos, credores, clube e até a FIFA. Todos querem negociar, mas também sabe da importância de uma cenário de estabilidade. Estou pensando no bem do Cruzeiro e queremos implantar uma gestão profissional, com planejamento e transformação digital. Até dois anos atrás, a gente batia de frente com times de Rio de Janeiro e São Paulo, além de River e Boca. Mas isso ficou pelo caminho depois das atrocidades que fizeram com o clube", conta.