Vasco joga água no chopp do Cruzeiro na despedida celeste do Mineirão

No papel, o Cruzeiro tinha nas mãos uma bela chance de ratificar a condição deter subido em um elevador panorâmico do Campeonato Brasileiro para ver, ainda mais, a grande parte dos adversários da parte mais alta do campeonato. Na teoria, seria preciso fazer por onde para merecer mais três pontos. 

Na noite desta quarta-feira, contra o Vasco, no Mineirão, o time do técnico Mano Menezes tinha a chance de chegar à quarta vitória seguida aproveitando o momento de instabilidade do rival, com treinador interino, desfalques e muita turbulência nos seus bastidores. Apenas quatro pontos separavam os celestes do líder Flamengo.

Para mostrar a todos que o campeonato não costuma ter jogos fáceis, o Cruzeiro teve dificuldades diante de um Vasco aguerrido e bem postado, que cresceu de produção quando menos se esperava. O empate em 1 a 1 ficou longe das pretensões azuis, jogando o time mineiro para a quarta posição. O incômodo azul ficou ainda maior com a reclamação de dois lances de penalidades não marcadas.

A torcida, na despedida do time antes da pausa da Copa do Mundo, não esperava nada menos do que uma vitória com boa atuação para poder retornar ao Gigante da Pampulha, no segundo semestre, mantendo o embalo positivo das primeiras dez rodadas. Ficou no quase.

O cronômetro nem havia chegado aos dez minutos e o Cruzeiro já havia criado duas chances claras de gol. Apesar da pressão que se mostrava inevitável, o Vasco conseguia trocar passes e sair para o jogo. 

Por pouco, os cariocas não marcaram em cobrança de falta de Pikachu, que acertou o travessão de Fábio aos 15min. Em nova saída rápida de jogo, o placar saiu do zero com Andrey, em chute de fora da área. A furada de Egídio em bola dominada foi crucial para a precisa finalização.

A impaciência da torcida com o árbitro e com os erros de passes deixaram a missão celeste mais complicada antes mesmo do intervalo. Seria preciso menos afobação para reverter o placar e seguir com a missão de se manter firme na vice-liderança.

O segundo tempo mal havia começado e o panorama de ataque contra a defesa já se mostrava claro. Seria inevitável que o Cruzeiro corresse riscos e deixasse espaços para o Vasco contra atacar. A pressão azul não demorou a surtir efeito. Aos 15min, Raniel recebeu passe açucarado de Sóbis para cobrir o goleiro e corresponder ao chamado da torcida.

As quedas de jogadores do Vasco, em sequência, mostravam que o empate estava de ótimo tamanho para os visitantes, que tentavam segurar o resultado como dava. Com apenas o jovem Marcelo de opção ofensiva no banco, as mudanças de Mano Menezes não surtiram o efeito desejado. O time martelou até os últimos instantes, mas a falta de inspiração pesou para a igualdade que não estava na conta cruzeirense.

Ficha do Jogo
Cruzeiro 1 x 1 Vasco

Cruzeiro
Fábio, Edilson, Dedé, Léo e Egídio; Henrique, Lucas Silva (Marcelo), Robinho e Thiago Neves; Rafael Sóbis (Bruno Silva) e Raniel. Técnico: Mano Menezes

Vasco
Fernando Miguel, Luiz Gustavo (Wellington), Paulão, Ricardo e Henrique; Desábato, Andrey, Cosendey (Evander), Pikachu e Wagner (Giovanni Augusto); Ríos.
Técnico: Valdir Bigode.

Motivo: 10ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Mineirão
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP)
Cartões amarelos: Wagner, Pikachu (V)
Gols: Andrey (V), Raniel (C)
Público Presente (pagante): 23.725 (19.870)
Renda: R$ 411.772,00

ATUAÇÕES
Fábio – pouco pôde fazer no lance do gol - 5
Edilson – teve dificuldades nos avanços - 5
Dedé – um dos poucos que se salvou - 6
Léo – fazendo o smples para não comprometer - 6
Egídio – furada bizarra no gol do Vasco - 5
Henrique – deu pouca mobilidade ao meio-campo - 6
Lucas Silva – sacrifício não permitiu bom rendimento – 5
Marcelo – pouco acrescentou na parte ofensiva - 4
Robinho – não conseguiu contribuir na transição - 6
Thiago Neves – bem marcado e pouco criativo - 5
Rafael Sóbis – assistência precisa no gol de empate – 6
Bruno Silva – entrou mal e não se encontrou - 5
Raniel – faro de artilheiro - 6