Disputa

Diretor do Betim promete ir à Justiça contra eleições na FMF

Fred Pacheco reclama de irregularidades durante o procedimento de registro de chapas; apenas o atual mandatário, Adriano Aro, teria conseguido registrar sua chapa

Por DA REDAÇÃO


Publicado em 24 de novembro de 2021 | 19:24
 
 
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O diretor de futebol do Betim, Fred Pacheco, está reunindo toda a documentação necessária e vai acionar a Justiça para tentar embargar a eleição para presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), marcada para o próximo dia 21 de dezembro. De acordo com o dirigente do clube da região metropolitana de Belo Horizonte, que tem pretensões de concorrer ao cargo, foram constatadas várias irregularidades durante o processo de registro de chapas, que deve ter apenas o atual presidente da entidade, Adriano Aro, e seu irmão, Marcelo Aro, como candidatos únicos aos cargos de presidente e vice-presidente, respectivamente. 

O prazo para as inscrições das chapas estão encerrados. Até o início da noite desta quarta-feira (24), a assessoria de imprensa da FMF não tinha confirmado os nomes dos inscritos na chapa. “São várias irregularidades ao longo do processo, o que é um absurdo. Por isso vou acionar a Justiça. Fui procurado por vários dirigentes de clubes e de ligas de futebol de Minas Gerais que se sentiram coagidos a assinar o documento endossando a candidatura de Adriano Aro e não vou aceitar isso. Vou até o fim para buscar os meus direitos e tentar impugnar essa candidatura”, declarou Fred Pacheco. “Os presidentes foram procurados antes da publicação do edital da eleição para assinar um documento, que estava sem data, o que não é permitido. Tem também irregularidades dentro do código de processo eleitoral, como a convocação da eleição pelo próprio presidente Adriano Aro, o que também não é permitido. A eleição deveria ser convocada por uma comissão independente e não pelo próprio presidente da FMF”, completa o diretor de futebol do Betim.

De acordo com o edital da FMF, só é possível a inscrição de uma chapa com assinatura de “no mínimo, 04 (quatro) clubes integrantes do módulo I da primeira divisão de futebol profissional, 03 (três) clubes integrantes do módulo II da primeira divisão de futebol profissional, 04 (quatro) ligas municipais e 05 (cinco) entidades de prática de futebol amador sediadas na capital”. 

Fred Pacheco critica a forma como o processo está sendo  conduzido. “O que acontece é que eles foram na frente de todo mundo antes da publicação do edital e já colheram as assinaturas da maioria necessária. Aí fica automaticamente impedida o registro de outra chapa, que não terá como conseguir mais o número de assinaturas necessárias. Jamais poderia imaginar que uma coisa orquestrada como essa partiria de um advogado, que concorre a um cargo de desembargador do Estado. Ele deveria estar primando pela lisura do processo”, diz Fred Pacheco. “Todos os juristas que eu consultei consideram que existem essas irregularidades”, completou Fred.

O presidente Adriano Aro foi procurado pela reportagem para comentar o assunto, por meio da assessoria de imprensa da entidade, mas também não se manifestou.