Mais tempo em casa

Robert Scheidt vai tentar tirar proveito de adiamento dos Jogos de Tóquio

Aniversariante do dia, completando 47 anos, maior medalhista olímpico do país aprimora parte física e técnica por meio dos estudos

Robert Scheidt terá 48 anos nos Jogos de Tóquio | Foto: Divulgação
Daniel Ottoni| @dottoni
15/04/20 - 14h15

O adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que agora acontecerão em 2021, fará com que o velejador brasileiro Robert Scheidt chegue ainda mais experiente á sede do maior evento esportivo do mundo. Para ele, a diferença será pouca e não deve comprometer seu desempenho. 

“Não vejo uma grande diferença de competir com 45, 46, 47 ou 48 anos. Lógico que eu gostaria de ter 25 anos de idade, estar no auge da carreira, mas eu fiz a Olimpíada do Rio (em 2016) com 43 e me comprometi a fazer a do Japão com 47. Nesse ano a mais, vou poder identificar em que pontos posso melhorar", destaca o maior medalhista do Brasil nos Jogos, com cinco pódios, que parte para sua sétima participação na competição. 

Sem poder estar na água, em virtude do isolamento social provocado pelo novo coronavírus, ele aproveita o tempo em casa para estudar e aprimorar a forma física. Nos últimos meses, Robert tem estado ainda mais ao lado do filho mais velho Erik, que também já vai pelo caminho do pai dentro da modalidade. “Tenho passado bastante tempo com meus filhos. Ajudo nas lições de casa, além de outras atividades. O meu mais velho já veleja e começou a treinar junto comigo aqui em casa. Além do trabalho físico, aproveito para tratar de outros pontos que também fazem parte de uma boa preparação, como ler livros para me manter atualizado com as questões técnicas do esporte e estudar de regras”, conta o brasileiro, que mora na Itália. 

Os muitos anos de experiência deram a ele a serenidade para saber esperar o momento certo de voltar à ativa, certo de que ainda tem muito a contribuir com o esporte brasileiro. “Claro que não é fácil. Esse momento é um desafio para todos nós, obrigados a alterar a rotina. Mas tudo isso é para o bem da sociedade, para o bem da humanidade. Temos que entender, ter paciência e serenidade. Vamos superar e ter a chance de voltar a fazer o que tanto gostamos. No meu caso, velejar”, salienta. 
 

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