Alto nível

Teresina dá exemplo com centro de excelência de badminton

Local recebeu treinos de três seleções na última semana, que usufruíram de estrutura diferenciada na formação de jogadores

Por Daniel Ottoni
Publicado em 11 de fevereiro de 2019 | 20:12
 
 
Local é usado em 300 dos 365 dias do ano Abelardo Mendes Jr - Secretaria Especial do Esporte - Ministério da Cidadania

Poucos esportes no país podem se vangloriar de ter uma estrutura de alto nível como acontece com o badminton. Mesmo sendo uma modalidade ainda pouco praticada e que segue bem atrás de tantas outras, em vários fatores, a prática da 'pequena peteca' tem em Teresina (PI) um centro de excelência para todos os níveis.

Nos últimos dias, as equipes de base, adulta e paralímpica estiveram reunidas no local que fica dentro da Universidade Federal do Piauí. O time principal usou da bela estrutura, que contempla refeitório, seis quadras oficiais, arquibancada pra 500 pessoas, cabines de imprensa, lavanderia, dormitório, entre outras coisas, antes de rumar para Lima, no Peru, para a disputa do Pan-Americano da modalidade, que acontecerá entre os dias 14 e 17. 

"Pelos ótimos resultados que o badminton teve nos últimos anos, a gente necessitava de uma casa assim, para trabalhar na hora que a gente quiser, tanto em termos de quadra quanto de preparação física. É importante não só para a seleção, mas para a realização de campeonatos internacionais e para clínicas com treinadores e atletas. Eu já viajei pelo Brasil todo. Do estado do Rio de Janeiro para cima, não existia infraestrutura esportiva voltada exclusivamente para o badminton. Quase todas as outras são abertas, com entrada de vento, o que prejudica a modalidade", afirma o técnico português Marco Paulo Pereira Vasconcelos.

A história do esporte com a capital do Piauí começou em 2009, quando o esporte foi incluído no programa Segundo Tempo, do então Ministério do Esporte. O trabalho que começou em cinco escolas passou para 18. Os alunos gostaram tanto que pediram mais tempo para seguir praticando o esporte. 

"Comecei a praticar o badminton em quadras adaptadas aqui em Teresina. Antes, a gente não tinha nem perto dessa estrutura. Temos tudo para crescer muito dentro do esporte com os treinamentos aqui no CT", afirma o piauiense Fabrício Farias. Antes integrante da seleção juvenil, ele agora, com 18 anos, já faz parte do time adulto.  

Para completar a estrutura, a parte de climatização está nos passos finais para que tudo fique da forma ideal. "Dos 365 dias do ano, usamos o equipamento em cerca de 300. É um dos aparelhos do governo federal que está sendo mais bem utilizado. A nossa maior felicidade é saber que temos uma estrutura igual ou melhor que as estrutura públicas de países como EUA e Canadá, que também estão em universidades", destaca o presidente da Confederação Brasileira de Badminton, Francisco Ferraz de Carvalho.