Fora das pistas

Título português veio após exaustão no simulador da F-E: 'estava ficando maluco'

Antonio Felix da Costa chegou a duvidar se número de horas estipulado pela equipe era mesmo necessário; dedicação teve conquista inédita como recompensa

Por Daniel Ottoni
Publicado em 12 de agosto de 2020 | 07:00
 
 
Antonio elogiou trabalho da equipe Techeetah Divulgação - Formula E

A conquista do título inédito da Formula E, competição de carros elétricos, pelo português Antonio Felix da Costa, foi uma recompensa por um esforço e dedicação dele e também da sua equipe, a DS Techeetah. A temporada 2020 da categoria será encerrada nesta quinta-feira com seis corridas em seis dias. Os resultados recentes deram o título ao portuga de forma antecipada. 

No período em que os treinos estavam suspensos, a alternativa dos pilotos foi recorrer aos simuladores, que serviram de preparação para quando o reencontro com as pistas fosse possível. A competição foi encerrada com seis provas em nove dias, todas elas realizadas no aeroporto de Berlim, onde uma 'bolha' foi formada para isolar todos os envolvidos da categoria.

Antonio, em alguns momentos, achou que as horas de treinos no simulador estavam além do limite, e só depois se deu conta de que era algo primordial. "Ter vencido a competição de forma antecipada surpreendeu até a mim mesmo. O trabalho foi muito bem feito, tivemos muitos dias no simulador, eu duvidei de que o período estipulado pela equipe era realmente necessário, já estava ficando meio maluco. Fomos para a pista duas vezes e nunca havia me sentido tão bem preparado como agora", comenta. 

Antonio viu, dentro da sua nova equipe, um tipo de trabalho que ele percebeu que seria possível ser campeão. "Agora sei porque eles são tão vitoriosos. Essa equipe tem uma motivação, uma fome de ganhar, algo fora de série. Dão atenção a detalhes, colocam um grande esforço em tudo. Eles estão sempre juntos, reunidos e isso faz a diferença. Criaram um carro rápido e todos estes fatores levaram ao título", sinaliza.