Vôlei masculino

Cria do Sada Cruzeiro, Fernando Cachopa mostra talento na seleção

Em conversa com o Super FC, levantador Cachopa fala do momento especial no clube e na seleção

Com apenas 23 anos, Cachopa é um dos destaques do time do técnico Renan Dal Zotto na Liga das Nações | Foto: CBV/divulgação
Felippe Drummond Neto| @SuperFCoficial
18/06/19 - 08h00

Fernando Gil Kreling, ou apenas Cachopa. Com 23 anos, o levantador do Sada Cruzeiro vem brilhando também com a camisa da seleção brasileira de vôlei na Liga das Nações. Titular do renovado time verde e amarelo comandado pelo técnico Renan Dal Zotto, o jogador, que é cria da base celeste, vem comprovando que é uma realidade do voleibol brasileiro.

Com seus levantamentos precisos e uma postura dentro de quadra que transmite segurança à equipe, Cachopa mostra que a seleção está muito bem servida na principal posição do vôlei. Responsável por distribuir a bola para Lucarelli, Wallace, Leal e companhia, são do levantador do Sada Cruzeiro as fintas e decisões que podem dar títulos e manter o Brasil no topo da modalidade nos próximos anos.

Em entrevista exclusiva ao SUPER.FC, Cachopa falou deste grande momento na carreira. “Às vezes me pego pensando em onde eu estou. É um pouco louco estar vivendo tudo isso. Jogar uma Superliga e campeonatos mundiais. Jogar com os jogadores que eu via pela televisão. É tudo muito mágico.”

 

Minientrevista

Cachopa

Levantador do Sada e da seleção

Apesar da pouca idade, jogador do time celeste transmite muita segurança à equipe e tem facilitado ainda mais o trabalho dos atacantes, como Lucarelli, Wallace e Leal.

Como você analisa este início de competição em que a seleção, mesmo bastante renovada, está voando?

Estamos no princípio de um processo longo, mas os resultados são muito bons. Tivemos adversários difíceis e conseguimos ter resultados positivos. Em vários momentos, rodamos as peças e mantivemos o resultado. Esse conjunto é bastante importante, pois a competição é longa e desgastante. Todos querem buscar vitórias e boas atuações.

Essa temporada foi de extrema exigência em cima de você tanto no Sada Cruzeiro quanto na seleção. Qual a pressão é maior?

São duas camisas com histórias bonitas e grandiosas. Sempre existe a pressão de desempenhar bem e representar bem os nomes do Sada Cruzeiro e da Seleção. Aqui, se representa um país inteiro, é uma coisa que às vezes foge um pouco do que a gente pensa. São sentimentos únicos.

Como é viver tudo isso aos 23 anos?

Às vezes me pego pensando em onde eu estou agora. É um pouco louco estar vivendo tudo isso. Jogar uma Superliga e campeonatos mundiais. Jogar com os jogadores que eu via pela TV. É tudo muito mágico.

Nem sempre um levantador aparece no topo das estatísticas, mas no seu caso, mesmo isso não acontecendo, Lucarelli, Wallace e Leal estão entre os 12 melhores atacantes da Liga das Nações. Ou seja, isso é reflexo do seu trabalho. Acha que falta um certo reconhecimento do trabalho do levantador?

Eu acho que todo reconhecimento individual tem uma base no conjunto da obra. Eu tento ajudar ao máximo os atacantes, assim como recebo uma grande força dos meus passadores. Cada peça dentro de quadra está interligada no jogo de vôlei.

Dos 14 jogadores da seleção, 11 jogam, já atuaram ou foram revelados por times mineiros. Isso ajuda vocês no dia a dia?

Eu acho que, pelo fato de muitos terem jogado nos mesmos clubes, se conhecido e vivido juntos por algum tempo, ajuda, sim. Muitos têm uma conexão de vários anos e passaram por muita coisa juntos. Isso tem influência.

Com quais desses companheiros da seleção você jogou ou treinou no Sada e em seleções de base?

Jogo atualmente com o Isac, no Sada, onde também joguei com Leal, Wallace e ainda o Alan na base e no profissional. Também joguei com Douglas Souza e com o Flávio na base da seleção.

Como isso ajuda tanto no entrosamento para uma competição desse porte e também o quanto isso impacta diretamente nos jogos?

Eu fiquei muito tempo sem levantar para alguns deles. Alguns mudaram até o modo como atacavam. Mas a confiança que se adquire nos treinamentos e, ao longo dos anos jogando juntos, permanece. O que vamos voltando a acertar são os detalhes técnicos. O entrosamento com certeza é um pouco mais rápido nesses casos.

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