Possível caminho

Liga independente de vôlei deve ser abordada em assembleia da CBV

Sesi-SP sugere criação de um campeonato com organização dos clubes; ideia está entre as sugestões separadas pelo Minas Tênis Clube

Sesi-SP mostra-se a favor de uma liga chancelada pelos clubes | Foto: Helcio Nagamine - Fiesp
Daniel Ottoni| @supernoticiafm
22/03/19 - 13h20

A cada assembleia da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), trava-se uma 'luta' entre a entidade, que parece mais interessada nos seus próprios benefícios, e clubes e atletas, que seguem buscando maior força e participação, muitas vezes em vão. Na reunião marcada para este sábado, em Natal, assuntos referentes à participação dos principais envolvidos com a modalidade serão debatidos.

A reportagem do SuperFC apurou que a CBV tende a sugerir que as federações, que costumam votar a favor da entidade, ganhem peso 6, enquanto clubes e atletas seguem com peso 1. Os clubes já começaram a se movimentar e manifestar seu descontentamento com as manobras da CBV.  Depois do Minas Tênis Clube divulgar nota, na pessoa do seu vice-presidente Carlos Henrique Teixeira, o Sesi-SP também se manifestou com uma ideia que não vem de hoje. 

"O mais importante para o Sesi-SP, nesta assembleia, é que a CBV apoiasse e chancelasse uma liga independente dos clubes. Este assunto é uma coisa séria, pensando no voleibol, no desenvolvimento da modalidade. Em todo o planeta, as ligas são o modelo de excelência. A CBV atrairia nossa atenção e nosso respeito se apoiasse iniciativas como esta. A entidade ficaria por conta da seleção e dDo apoio na formação esportiva, sem essa de ficar pensando apenas na forma de atender os interesses internos. Isso atrasa todo desenvolvimento do esporte", sugere Eduardo Carreiro, gerente executivo de esporte e promoção de saúde.

O Minas Tênis Clube elaborou uma série de sugestões que serão apresentadas durante a reunião. Entre elas, "o surgimento de ligas desportivas, algo natural e que pode auxiliar nas estratégias de aumentar o número de praticantes do voleibol", cita. 

A ideia de confederação ficar por conta de seleções e uma liga independente ser organizada pelos clubes já acontece com sucesso do Novo Basquete Brasil. Como exemplo, Carreiro apontou a realidade da Suíça, um país muito menor, mas com uma organização avançada. "A Suíça é um país de apenas 8,4 milhões de pessoas, mas possui uma liga de hóquei no gelo com 1.160 clubes, 16 mil jogos por ano, média de público de 6 mil pessoas por jogo. Eles têm liga de vários outros esportes, geram milhões de francos suíços por ano", salienta. 

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