Noite de gala

Sheilla: despedida terá homenagens, jogo festivo e presenças ilustres no Minas

"Vai ser uma felicidade indescritível estar com várias pessoas que fizeram parte da minha carreira", afirma a ex-jogadora

Aposentada das quadras, Sheilla Castro faz parte da comissão técnica do Minas | Foto: Videopress
Matheus Oliveira
19/08/22 - 05h00

Às quadras, um adeus. Ao esporte, o marco de uma nova etapa na carreira. Quando a bola subir nesta sexta-feira (19), na Arena UniBH, o ginásio do Minas Tênis Clube representará os grandes palcos do vôlei mundial para a despedida de uma gigante da modalidade. A ex-jogadora Sheilla Castro, de 39 anos, aposentou-se como atleta em abril, nos Estados Unidos, mas faltava um desfecho em Belo Horizonte, onde nasceu e foi revelada para o esporte.

Às 19h, a craque será reverenciada por amigos e grandes nomes da modalidade em um jogo festivo no ginásio da rua da Bahia. Estrelas do passado e do presente estarão na homenagem, como Carol Gattaz, Thaisa, Pri Daroit e Kisy, do Minas, além de Gabi, Natália Zilio, Fernanda Garay, Sassá, Lorenne, Walewska, Léia, Fofão e Macrís. Haverá, ainda, as participações de Serginho "Escadinha", dos minastenistas William e Leandro Vissotto e de uma equipe técnica formada por Zé Roberto Guimarães, Paulo Coco, José Elias Proença (Zezinho), Fábio, Roberta Giglio e Helena Las Casas.

"Eu estou muito emocionada. Vai ser uma felicidade indescritível estar com várias pessoas que fizeram parte da minha carreira e que ganharam títulos comigo. Somos amigas e podermos jogar juntas pela última vez, muitas com quem eu não jogo desde 2009, como a Fofão, e outras que nunca consegui jogar em clube, só em seleção, vai ser muito especial", afirma a ex-oposta Sheilla, bicampeã olímpica em 2008 e 2012.

Além de um currículo recheado de troféus, a ex-jogadora ostentou a fama de ser considerada uma das melhores opostas de todos os tempos. Especialista na oposição, Wallace, do Sada do Cruzeiro e da seleção brasileira, rasga elogios. "Falar da Sheilla é fácil. Ela é uma jogadora exemplar, as atletas a seguem como exemplo. Ela sempre foi muito versátil, com uma variedade de golpes, isso fez com que ela fosse uma jogadora diferenciada, que deixa um grande legado para o voleibol e para as atletas que estão surgindo."

Oposto da seleção masculina na conquista do ouro olímpico de 1992, Marcelo Negrão ressalta as qualidades de Sheilla. "A posição de oposto é a que tem a responsabilidade de decidir as principais bolas do jogo, e isso é para poucos. A Sheilla representa essa jogadora de decisão que nunca faltou nos momentos mais importantes da uma equipe. Ela fará falta!"

Ausência que também será sentida pelos torcedores. Prova disso é que em cerca de 24 horas os 3 mil ingressos para o jogo de despedida, vendidos a R$ 40, já haviam se esgotado. Para quem ficar de fora, o evento será transmitido pelo Sportv.

Nova fase

Aposentada das quadras, Sheilla tem traçado um caminho para permanecer no vôlei. Na última temporada, passou a integrar a comissão técnica do time feminino do Minas, que conquistou a Superliga e o Sul-Americano. Ela também tem acompanhado em Saquarema, no Rio de Janeiro, os preparativos da seleção feminina para o Campeonato Mundial, como parte de um programa da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) voltado para ex-atletas. A função que exercerá fora das quatro linhas pelos próximos anos ainda está indefinida.

Currículo

Sheilla Castro conquistou dois ouros olímpicos, em Pequim (2008) e Londres (2012), venceu sete Grand Prix e levou duas pratas (2006 e 2010) e um bronze em mundiais. Por clubes, faturou o Mundial pelo Osasco (2012/13) e duas Superligas, sendo uma pelo Minas (2001/02) e outra pelo Rio de Janeiro (2010/11). Ainda levantou troféus pelo voleibol turco e italiano.

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