O Sada Cruzeiro repôs à altura a perda de Isac, central que defendeu o time nos últimos nove anos, fazendo parte de uma trajetória de sucesso com quatro títulos do Mundial, além de Superligas e Sul-Americanos.
De malas prontas para o Lube Civitanova, atual campeão italiano, ele será substituído por Lucão,de 2,12m, que vai jogar em terras mineiras pela primeira vez. Os dois fazem parte da seleção que está em Brasília disputando a primeira semana de jogos da Liga das Nações (VNL). Neste sábado, o Brasil encara os EUA, às 15h, no ginásio Nilson Nelson, com transmissão do Sport2, pela terceira rodada.
Mesmo não pontuando tanto quanto os jogadores de extremidade de rede, os centrais têm um papel importante na montagem de um esquema tático.
“O central tem um papel de organizador da equipe, principalmente na parte de bloqueio, e, por consequência também a de defesa. É o que chamamos de sistema defesa-bloqueio. Para evoluir, passei a estudar, a ir atrás. Hoje em dia este é um papel fundamental para um central que queira evoluir nesta parte. É preciso estar atento, buscar as informações com o banco, com as pessoas que estão ali para te passar isso, e repassar o mais rápido possível para o restante da equipe”, aponta o jogador, que soube absorver bem o contato com referências de outras gerações.
"Estive com a geração mais vitoriosa do vôlei, que foi a que me antecedeu. Para eu chegar aqui eu treinei muito com eles entre 2006 e 2008. Depois já assumi uma titularidade. Eu antes ficava observando os centrais, o que eles faziam, e tentar fazer alguma coisa parecida. Se eu aprendi com alguém, eu aprendi com toda uma geração. Todo o jeito de trabalhar, de focar, mesmo ganhando tudo, continuaram determinados, treinando forte”, destaca.
Isac não tem o mesmo tempo de seleção de Lucão, mas também já é uma referência pelos vários anos de serviços prestados e convocações seguidas.
"Estou há bastante tempo neste grupo, apesar de ter mudado ao longo do tempo. Eu cheguei em 2013, e tudo era novidade, eu estava aproveitando a oportunidade de vivenciar jogos em alto nível. Hoje, vejo que esta trajetória valeu a pena. Me dedicar ao máximo, estar a todo momento tentando melhorar. Aprendendo com os melhores, que são os que estão aqui, os melhores do país. Hoje tenho mais experiência”, comenta Isac, de 2,08m.
Até aqui, o Brasil somou vitórias contra Austrália e Eslovênia. No domingo, às 11h, com transmissão também da Rede Globo, o time fecha a primeira semana contra a China, antes de mais duas fases fora de casa.
Na VNL, cada um time 16 times faz 12 jogos e se classificam os sete melhores para se juntar à Itália, sede da fase final. O Brasil é o atual campeão da VNL.