Vôlei: Honorato usa não convocação para a seleção como combustível

Mais do que ter estado na final da Superliga masculina de vôlei, o ponta Henrique Honorato tinha no seu desempenho dentro de quadra, defendendo o Fiat Minas, um grande fator de motivação para acreditar na suas reais chances de ser convocado para a seleção brasileira. Poucos dias após a decisão, que rendeu a medalha de prata ao clube da Rua da Bahia, veio a divulgação dos convocados que estiveram na final da Superliga, sem a presença do jovem ponteiro de 24 anos. 

O grupo que treina no CT de Saquarema se prepara para a Liga das Nações, que começa no final deste mês, que vai definir o elenco que estará na Olimpíada de Tóquio. Entre os jogadores, alguns convidados, como o jovem Maicon, do Sada Cruzeiro, de apenas 16 anos. 

"Decepcionado é um termo muito forte, respeito muito as pessoas que estão à frente da seleção, mas fiquei um pouco triste quando saiu a lista. Fiz a minha melhor temporada da carreira, do meu ponto de vista, então criei um pouco de expectativas sim", admite o jogador, que mostra maturidade para encarar uma situação que acontece com vários atletas em diferentes momentos da trajetória esportiva. 

"Eu tinha duas opções: ou deixava isso me abalar ou usava como combustível para me superar e continuar perseguindo meus sonhos. Não faz parte da minha personalidade desistir de algo quando não consigo, eu sou persistente e vou continuar sonhando com a seleção", garante.  

A boa presença de Honorato dentro de quadra ajudou o Minas a chegar na final após terminar a fase de classificação com a quarta melhor campanha. Fazendo bem sua parte no ataque e no fundo de quadra, o jogador deu sua dose de contribuição para uma campanha histórica. 

"Tecnicamente falando, evoluí em todos os fundamentos, principalmente no saque. Em relação à maturidade também, aprendi muito essa temporada sobre os momentos do jogo. Tem momentos que podemos arriscar um pouco mais e outros nem tanto, e acredito que eu ganhei esse discernimento ao longo da temporada", avalia. 

Ter mostrado regularidade com a camisa do Minas despertou o interesse de outros times, fator que deixa Honorato feliz e orgulhoso, mas preferindo seguir o caminho da evolução no clube de BH, sabendo que a instituição ainda tem muito a agregar no seu desenvolvimento como jogador e pessoa. 

"Eu amo vestir a camisa do Minas, me sinto muito bem aqui e os profissionais são muito competentes, a estrutura é sensacional e sinto que ainda não está na hora, quero evoluir ainda mais aqui. Sabemos que cada temporada é diferente e surpresas podem acontecer. Vamos trabalhar firme para chegar na final na próxima Superliga, mas o campeonato é longo, temos que construir essa 'chegada' e faremos isso no dia a dia", completa.

Além dele, renovaram contrato com o clube o líbero Maique, o levantador William e o central Pinta. Deixam o Minas o ponta argentino Lazo, o central Gustavão e o oposto cubano Escobar.