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Conheça as vantagens e os contras de se investir em um modelo que está em período de troca de geração

Sex, 20/09/19 - 03h00

Quando o assunto é design automotivo e funcionalidades, as marcas buscam sempre inovar. A cada geração, os modelos surgem com uma “cara nova”, trazendo novidades para o mercado, seja em tecnologia ou funcionalidades, o que mantém as vendas aquecidas.

Nessas transições, muitas ofertas, condições diferenciadas de pagamento, versões especiais ou limitadas são anunciadas como uma estratégia de liberar os estoques e abrir espaço para as novas versões do modelo. 

Vale ressaltar que, para o mercado, uma mudança de geração de um carro significa, na maioria das vezes, o encerramento de um ciclo de vida do modelo, que dura, em média, entre cinco e oito anos desde o seu lançamento.

Os abomináveis facelifts

Durante este período, o modelo pode passar pelo o que chamamos de facelifts ou atualizações de meia-vida, que são alterações pontuais, geralmente nas partes plásticas da carroceria ou a adição de equipamentos de pouco valor agregado, com o intuito de manter o modelo aquecido no mercado.

Por exemplo, o Hyundai HB20, que foi lançado em 2013, recebeu, após três anos de vida, seu primeiro facelift. As novidades se restringiram a um sutil retoque visual no para-choque, grade frontal e troca das rodas, nada que exigisse grandes adaptações na cadeia produtiva do modelo ou um volume muito alto de investimento.

Mudança de geração

Quando o ciclo de uma geração se encerra, por outro lado, há um marco mais representativo para o mercado. Isto porque, de maneira geral, toda a arquitetura do carro é alterada, possivelmente utilizando materiais mais nobres (e caros) na construção do carro, com um redesenho muito mais abrangente. O volume de investimento, portanto, é muito maior, bem como as mudanças no processo produtivo.

Foi este o caso, por exemplo, do Honda Civic de 10ª geração, que chegou ao mercado com um visual radicalmente renovado, plataforma, motor e câmbio inéditos (1.5 turbo e câmbio CVT), evoluindo no tamanho, dinâmica, tecnologia e design.

Entretanto, o mercado também pode interpretar como mudança de geração alterações que não seguem, exatamente, esta receita. São casos em que há um significativo incremento do valor agregado do veículo, como quando há alguma troca de motor (por um mais moderno, potente e eficiente) e/ou a adição de equipamentos de segurança extremamente relevantes.

Qual o impacto nos preços?

Mas, afinal, como a mudança de geração de um veículo impacta nos preços? As gerações antigas desvalorizam-se mais do que as novas? 

A partir de um estudo de caso sobre as gerações do Toyota Corolla no Brasil, a multinacional norte-americana KBB, concluiu que, independentemente do surgimento de uma geração no mercado, a desvalorização das gerações anteriores não muda, seguindo o mesmo padrão antes de a nova ser lançada. 

“O que podemos inferir a partir do caso do Corolla é que o impacto da renovação de um modelo causa um efeito imediato nos preços da geração que está deixando o mercado de carros zero-quilômetro, porém não existem consequências sobre a sua taxa de desvalorização média anual”, conclui a KBB, que é reconhecida como referência na precificação de veículos nos Estados Unidos há mais de 50 anos.

Mas não é só isso...

Ainda de acordo com o levantamento feito pela empresa, o que mais pesa na desvalorização da geração de um veículo não é o lançamento de uma nova geração, mas sim o seu desempenho no mercado – volume de vendas, aceitação dos consumidores, credibilidade etc. Por esse motivo, nem sempre a geração atual é a que vai menos se desvalorizar, destaca o estudo.

Fica a dica

Segundo o estudo da KBB feito no Brasil, quando uma nova geração de um veículo é lançada, a anterior sempre é impactada com uma queda em seus preços absolutos.

Logo, este momento de transição pode, sim, ser uma boa oportunidade para adquirir um carro novo com boa dose de barganha, caso não se importe em comprar um veículo prestes a ficar defasado.

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