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Dafra Citycom 300i é como um herói da resistência; confira nosso teste

Dafra mantém tática de apostar no essencial na scooter lançada em 2009 no Brasil

Sex, 19/07/19 - 03h00

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Em quase uma década de mercado brasileiro, a Dafra Citycom 300i quase não mudou. Aumentou um pouco a capacidade do motor, que passou de 23 cv para os atuais 27,8 cv, e perdeu um pouco de peso ao longo dos anos – 11 kg entre 2010 e 2019.

E desde sempre liderou o segmento das scooters médias – posição que manteve mesmo após a chegada da Honda SH300, em 2016. Há cerca de um ano, o Citycom recebeu uma novidade nos freios, imposta pela legislação.

A Dafra, então, criou duas variações do modelo: uma mais barata com freios combinados e outra com ABS. Ou seja: ao mesmo tempo que passou a oferecer ABS, manteve uma versão mais simples, que consegue ter um preço mais competitivo.

A versão com freios combinados sai a R$ 19.990, enquanto a com ABS fica em R$ 21.990. Ainda assim, R$ 1.600 a menos que o valor pedido pela Honda SH 300, que é de fato o único rival que incomoda a Citycom. O fato de ter a poderosa Honda no encalço mudou as coisas para a Citycom. 

Até 2015, o modelo de origem taiwanesa emplacava quase 200 unidades por mês. Depois que a scooter japonesa foi lançado, o segmento ficou rachado entre as duas, com a Citycom mantendo algo em torno de 60% do mercado.

Atualmente, o modelo vem emplacando pouco mais de cem unidades mensais, contra cerca de 75 unidades por mês da SH. Um desempenho impressionante para um modelo que mudou muito pouco de 2010 para cá.

Visual igual

O visual, inclusive, é o mesmo. As linhas esculpidas na carenagem mantiveram a Citycom razoavelmente moderna. A pequena distância livre para o solo gera uma agradável sensação de robustez e na cor preto fosca, como o modelo avaliado, esta impressão ganha ainda mais força.

O motor monocilíndrico, de precisos 278,3 cm³, é refrigerado a água e gera 27,8 cv a 7.750 giros de potência e 2,8 kgfm a 6.500 rpm de torque. Gerenciado por um câmbio continuamente variável, que joga a força para a roda traseira, este conjunto é capaz de movimentar com facilidade os 171 kg da Citycom.

Para manter a boa relação custo-benefício, a Citycom tem de abrir mão de recursos mais sofisticados, como chave presencial e faróis full LED, presente na SH 300. Por outro lado, tudo que é necessário está presente.

Rodas de liga leve, painel com velocímetro, conta-giros, medidor de combustível, de temperatura do motor, relógio e hodômetros parcial e total, faróis duplos, para-brisa e freios a disco com ABS nos dois eixos.

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