Vida pacata

Aos 37 anos, Ibson redescobre prazer de jogar bola no Tombense

Para o jogador, o jeito tranquilo de se viver no interior foi um dos segredos pela ótima campanha no Campeonato Mineiro

Estadão Conteúdo| @otempo
02/09/20 - 10h12

Depois de morar no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Moscou, foi na pequena Tombos (MG) que o meia Ibson redescobriu o prazer do futebol. O jogador, revelado pelo Flamengo e com passagens por Santos e Corinthians, levou o Tombense à final do Campeonato Mineiro, ganhou o prêmio de craque da competição e, a dois meses de completar 37 anos, desfruta da tranquilidade de morar em cidade pequena.

Ibson por pouco não decidiu parar de jogar no ano passado. Foram quatro anos no Minnesota United, dos Estados Unidos, até retornar ao Brasil em 2019 com o objetivo de se aposentar. Mas, ao aceitar o convite do Tombense, o meia descobriu a tranquilidade de viver em uma cidade de 8 mil habitantes. "Para quem estava pensando em se aposentar, poder fazer um Campeonato Mineiro tão bom é mais do que especial", disse ao Estadão.

A oportunidade de jogar pelo Tombense veio depois de uma proposta feita pelo empresário dele, Eduardo Uram, que é gestor do clube. "Acabei me apaixonando pela cidade. É muito prazeroso ter uma rotina tão tranquila e ser feliz fazendo o que gosta", contou o jogador.

Em Tombos a vida de Ibson, da mulher e dos filhos Ibson Junior, de 12 anos, e Alícia, de 10, é bem pacata. "No comércio se eu estou sem dinheiro, até deixam eu colocar na conta para pagar depois. É uma vida simples", diverte-se. Os filhos têm gostado da liberdade da vida do interior, ao conseguirem brincar na rua o dia todo. O jogador vai a pé de casa até aos treinos e no caminho cumprimenta diversos torcedores.

Para o jogador, a vida tranquila foi um dos segredos pela ótima campanha no Campeonato Mineiro. O meia levou o clube à inédita vaga na final. O título escapou para o Atlético-MG, mas o reconhecimento veio com os prêmios individuais e a idolatria da população.

O time foi recebido com festa em Tombos mesmo depois de perder a final. "O povo da cidade organizou uma festa para a gente por causa da nossa campanha história. Foi ótimo poder propiciar para uma cidade tão pequena um pouco de felicidade em um período tão difícil, em plena pandemia", contou.

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