Golpe da pandemia

Coronavírus força seleções de vôlei a não terem mais atividades em 2020

CBV foi orientada por especialistas, que recomendaram tal decisão; dificuldade de controlar pandemia no país não deu outra alternativa aos responsáveis

Zé Roberto pede respeito com todos os adversários presentes em Tóquio | Foto: Gaspar Nóbrega / Inovafoto / CBV
Daniel Ottoni| @dottoni
03/07/20 - 18h32

A pandemia do coronavírus não vai permitir que as seleções de vôlei do Brasil retornem às quadras em 2020. Orientada por especialistas na área de saúde, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) decidiu que não seria prudente que treinos e encontros acontecessem ainda neste ano. 

“É claro que a ideia é sempre oferecer a melhor estrutura possível para as nossas seleções e que gostaríamos que eles se reunissem, mas somente se houvesse condição adequada para isso. A partir do momento que a nossa comissão médica detectou que existe riscos, não cogitamos colocar ninguém nesta situação”, afirma o diretor executivo da CBV, Radamés Lattari.

A atual situação do cenário brasileiro, com a pandemia não tendo controle por parte das autoridades, forçou a decisão, indo na direção contrária do que era desejado pelos treinadores. “Quando planejamos reunir o grupo em Saquarema, a ideia era manter a chama olímpica acesa. Estamos em um ano que voltou a ser pré-olímpico e, consequentemente, muito importante. Gostaríamos de ter um período onde os atletas pudessem estar juntos. Mas diante da situação que estamos atravessando, se não é possível, não será feito. A saúde de todos está acima de tudo”, detalhou Renan Dal Zotto, técnico da seleção masculina.

Enquanto seleções da Europa e Ásia já se reúnem para treinos e amistosos no ano pré-olímpico, o Brasil será obrigado a começar a preparação para Tóquio somente no próximo ano, tendo menos tempo para chegar bem no maior evento esportivo do planeta. 

O jeito vai ser esperar o próximo ano. Uma ideia era que o Brasil realizasse amistosos, mas tal possibilidade mostrou-se restrita diante da insegurança que o país desperta para convidar outras nações ou estar presente em outras nações. "Gostaríamos de nos reunir, mas estamos cientes que ainda não é o momento. Nossa comissão médica detectou riscos e precisamos zelar pela saúde de todos os envolvidos. Seguiremos monitorando as jogadoras e fazendo nossa parte para vencermos esse vírus”, completou José Roberto Guimarães. 

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