Dicas

Atenção aos pets em viagens

Cercados dos cuidados necessários, os bichinhos de estimação não precisam ser deixados para trás pelos donos

Ter, 16/02/16 - 15h07
Conforto. Transporte de animais de estimação em cabines de avião e em carros exige caixa própria | Foto: YOUTUBE/REPRODUÇÃO

Uma dificuldade familiar vivida às vésperas desse Carnaval chamou minha atenção para um problema comum a muitos turistas: o que fazer com os bichos de estimação na hora de viajar. Obviamente que existem os hoteizinhos para animais. Mas, se seu pet, a exemplo do Ludo (o cachorro pertencente a meu primo), não se adaptar a ambientes estranhos? A solução, caso não disponha de nenhum bom samaritano na família ou entre os amigos, é encontrar uma hospedagem no destino que aceita animais – atualmente com muitas opções disponíveis.

Um aspecto facilitador para o transporte dos animaizinhos de estimação é que, desde abril do ano passado, as companhias aéreas brasileiras aceitam que eles viagem dentro da cabine, desde que pesem de 7 kg a 10 kg (inclui o peso da caixa de transporte), dependendo das normas da aérea escolhida.
Solucionadas as questões de hospedagem e transporte, é hora de pensar na dinâmica da companhia do pet no passeio, a fim de evitar que sua presença se torne desagradável para outros hóspedes – muitos deles, inclusive, pouco afeitos a animais de estimação –, além de preservar a saúde do bichinho.

Outra exigência das companhias aéreas, que vai além dos fru-frus dos bichinhos, é que eles sejam transportados usando uma fralda de passeio (uma espécie de calcinha de pano para as fêmeas e faixinha para os machos) e uma fralda descartável exclusiva para xixi – aliás, ideais também para serem usadas nos hotéis, a fim de evitar que molhem locais inapropriados, como o elevador, por exemplo.

Cuidados

Logo, a primeira providência, segundo a veterinária mineira Ariane Fonseca de Souza, é verificar se o animal está com as vacinas em dia, principalmente aquela contra raiva, além de se assegurar que ele tenha recebido medicação de combate às verminoses. Nas viagens de avião, ainda é exigido um atestado veterinário, que vai especificar que o animal está livre de doenças infectocontagiosas, informa a profissional.

O cartão de vacinação do animal deve estar em dia não apenas pela obrigatoriedade da vacina contra raiva em viagens interestaduais e internacionais, mas, principalmente, porque o destino pode ser uma área de alta incidência de algumas doenças virais de fácil contágio, como a parvovirose e a cinomose em cães, ou a rinotraqueíte em gatos, alerta o veterinário paulista Renato Costa.

Costa chama a atenção, ainda, para quando for à praia ou ao campo, já que a dirofilariose – ou “verme do coração”, como é popularmente conhecida essa doença – é mais frequente nessas áreas. Ele explica que essa doença é transmitida por um mosquito e pode levar o animal à morte, caso não seja tratada a tempo.

Para evitar o contágio, o próprio dono pode utilizar uma medicação preventiva, de aplicação mensal, que combate também pulgas, carrapatos e vermes intestinais, além do verme do coração, conclui Costa.


Nos detalhes

Enjoos. Para evitar que seu animal enjoe, ministre uma dose de Cerenia, remédio que ajuda o animalzinho a não ter desconfortos com o enjoo e, ainda, previne o vômito. “Não são todos os animais que vomitam na viagem, mas a maioria, mesmo sem expelir nada sente o chamado enjoo do movimento”, explica o veterinário Renato Costa.

Hidratação. Em viagens de carro, faça paradas para dar água e atender outras necessidades do animal.

Segurança. Ao viajar de carro, não deixe o animal solto no veículo. Coloque-o dentro de uma caixa de transporte específica para esse fim ou prenda-o ao banco pela coleira própria para viagens – existem várias opções no mercado para cães e gatos. 

Diversão e relax. Leve brinquedos, cobertores ou outros objetos que o animal goste e que lhes sejam familiares, pois “diminuem o estresse da mudança de ambiente”, esclarece Costa.

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