Renegociação

Procon-SP recebe primeiras reclamações de turistas sobre óleo na praia

Consumidor pode remarcar viagem a praias atingidas, mas empresas de turismo não podem ser multadas

Por Joana Cunha
Publicado em 15 de outubro de 2019 | 15:05
 
 
Estudos da Petrobras indicam que o óleo que atinge as praias do Nordeste veio da Venezuela Brenda Dantas/divulgação

As primeiras reclamações de consumidores que tiveram suas viagens de turismo ao Nordeste prejudicadas pelas manchas de óleo nas praias começaram a chegar ao Procon-SP, que nesta segunda-feira (14) entrou em contato com companhias aéreas, agências e hotéis para recomendar que remarquem datas de viagens.

Segundo o Procon-SP, as empresas de turismo fornecedoras das viagens não podem ser multadas porque não foram elas que provocaram o vazamento do óleo, mas é recomendável que entrem em acordo com seus clientes para encontrar datas alternativas, de modo que os viajantes não sejam prejudicados.

Fernando Capez, diretor-executivo do Procon-SP, afirma que, se as empresas se recusarem a renegociar com seus clientes, a entidade de defesa do consumidor vai entender que elas estão agindo de má fé.

"Estamos abertos aguardando as manifestações dos consumidores", disse Capez.

Algumas companhias já manifestaram preocupação com o caso, mas ainda é cedo para medir o estrago sobre os negócios, segundo o dono da Agaxtur, Aldo Leone Filho. "A discussão que é preciso ter nem é sobre impacto no turismo. É sobre punição. Falamos tanto de queimada na Amazônia. Este caso é tão sério ou mais", afirma o empresário.