RCD Hotels

Rede mexicana mostra os diferenciais de seus hotéis

'Queremos mostrar um México diferente, elegante, contemporâneo, voltado para classe A'

Por Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2019 | 03:00
 
 
Leonel Reyes é diretor corporativo para a América Latina da RCD Hotels, rede hoteleira mexicana Alexandre C. Mota/O Tempo - 03.04.2019

Quantos hotéis têm a rede RCD Hotels e quais são seus diferenciais?

Nós temos quatro marcas de hotéis. A primeira é o Hard Rock dentro da visão all-inclusive em Punta Cana (República Dominicana), Cancún, Riveira Maya, Puerto Vallarta (Caribe mexicano) e, em breve, vamos abrir em Los Cabos, na outra parte do México, na costa do Pacífico. Temos a marca Nobu, em Miami Beach (EUA) e em Los Cabos, inaugurado em abril. Nossa terceira, Eden Roc, está em Miami Beach, e a última marca, própria, o Unico 20°87°, na Riveira Maya.

Qual é o diferencial dessas marcas para outros hotéis premium no mundo?

O nome, a marca Unico 20°87°. A diferença é enaltecer o lugar aonde a marca fica. Obviamente, o grupo é mexicano. Queremos mostrar um México diferente, elegante, contemporâneo, com as melhores características de hospedagem, gastronomia, entretenimento, voltado para o cliente classe A, mas sempre lembrando que você está no México, com os sabores e as cores do México. Importante também é quantidade de pessoas dedicada a você durante a estadia. A média do turismo mundial é 1,8%, mas nossa média é de 2,5%, ou seja, tem mais pessoal atendendo do que turista no hotel. Atendimento tem de ser uma realidade quando se fala em turismo de luxo.

Quem é o foco de público da rede?

O norte-americano, por conta da proximidade que temos com os Estados Unidos, mas o turista brasileiro está crescendo muito. O crescimento vem pelo trabalho que está sendo feito, estamos trabalhando no mercado brasileiro há dez anos. É uma equipe de seis pessoas que fala seu idioma, que entende suas férias, suas necessidades, que entende o que o brasileiro precisa. Essa adaptação de nossos produtos para o mercado brasileiro faz uma grande diferença.

Por que essa visita à mídia no Brasil nesse momento?

É importante falar que é a primeira vez que fazemos esse contato com a mídia, mas nossa equipe já vem trabalhando aqui há muito tempo, focada nos canais que a gente precisa comercializar, como agências de viagens, operadores, companhias aéreas, para fazer pacotes atrativos para os clientes. Na realidade, nós estamos fazendo agora uma abordagem mais próxima aos mineiros e trabalhando uma divulgação dentro das mídias.

Quem é esse público que compra os produtos RCD Hotels?

É um público exigente, viajado, por isso estamos divulgando os diferenciais de nossos produtos. Eles são feitos para um cliente que já conhece o all-inclusive, sabe o que é viajar para o Caribe, o que é ficar em um apartamento com Wi-Fi. O cliente sabe o que pode esperar de nossos serviços quando se fala em all-inclusive mesmo.

Que lugar ocupa o Brasil no ranking entre emissores de turistas para os hotéis da RCD?

O brasileiro ocupa o terceiro lugar no ranking. Isso representa 20% de brasileiros chegando ao México. Esse 20% já é muito para nós, mas precisamos manter essa porcentagem pelos próximos dois, três anos.

Qual é o custo médio de um pacote de uma semana em seus hotéis?

O tíquete médio custa em torno de US$ 2.500, incluindo bilhete aéreo, estadia em apartamento duplo e transfer.

E a diária média dos hotéis?

É uma diária superacessível para o mercado de turismo Classe A, uma média de US$ 300 para o Hard Rock e US$ 500 a US$ 600 para Nobu, Eden Roc e Unico 20°87°, dependendo da data. E sempre com a opção de parcelamento.

Qual é a expectativa de abertura de novos hotéis?

Somos uma empresa jovem, com a garra de continuar crescendo e ampliando as marcas que trabalhamos nos diferentes locais do México, Caribe e Estados Unidos. Somos donos, comercializamos e operamos as propriedades, mas também temos franquias, investimentos compartilhados, como no caso do Hard Rock. Atualmente, estamos trabalhamos forte para abrir o Nobu Los Cabos em abril, o Nobu Chicago em setembro e o Hard Rock Los Cabos em julho. Temos ainda projetado mais três ou quatro hotéis para 2020.

O mercado de luxo tem crise?

O mercado de luxo não tem crise, é um segmento que continua crescendo. O Brasil tem o maior número de restaurantes de luxo, de estrelas Michelin, então existe mercado de luxo no Brasil.

Como vocês enxergam o Brasil nesse momento de governo Jair Bolsonaro?

Sempre temos de estar atentos aos acordos bilaterais, porque afeta o visto, o dólar. Nossos preços são todos em dólares. Sempre temos de ficar atentos ao que está acontecendo na relação do Brasil com os Estados Unidos.

A RCD Hotels também está investindo em destination wedding?

O segmento do casamento cresce muito: já temos muitos marcados para 2020 com data e contrato assinado. Estamos apostando nesse segmento, mas temos pacotes para todos os públicos – famílias com crianças, adolescentes, grupos de incentivos e convenções, esse último muito importante porque representa 50% da ocupação de nossos hotéis.

Quatro mil apartamentos e 87% de ocupação. A RCD está satisfeita com esses números?

Quanto mais aberturas, mais temos de lutar para manter essa porcentagem. Para mim e toda equipe, o importante é ficar presente. Tem um ditado no México que diz que a gente tem de estar presente para ser visto e para ser escutado e lembrado. Essa é nossa missão: mostrar o que a gente faz, os diferenciais que a gente têm e que somos uma boa opção para os clientes.