Trem

Tour sobre trilhos

Estradas de ferro conferem charme a roteiros no Brasil e na Europa

Dom, 09/11/14 - 03h00
Trem da Vale liga Vitória a Belo Horizonte | Foto: Vale/divulgação

As marias-fumaça já não apitam tanto por aí, anunciando chegadas e partidas. Composições modernas e até mesmo silenciosas se espalharam por ferrovias mundo afora. Ainda assim o charme das viagens de trem continua nos trilhos. Seja nos serviços turísticos ou nos de passageiros, deslizar em uma estrada de ferro faz lembrar um tempo em que a viagem era tão importante quanto o destino.

O glamour do passado e as belas paisagens ajudam a manter o turismo ferroviário brasileiro. Os 31 trens turísticos do país devem atender 3 milhões de pessoas durante 2014, segundo a Associação Brasileira de Operadoras de Trens Turísticos (ABOTTC). Para aumentar em até 15% o movimento, a entidade lançou, em setembro, o projeto Trem é turismo, com o Sebrae. O momento é bom também para os trens de passageiros da Vale, que renovou em agosto a composição da Estrada de Ferro Vitória-Minas e irá trocar, em 2015, as da Estrada de Ferro Carajás, que liga o Maranhão ao Pará.

Os 28 mil quilômetros de ferrovias brasileiras não chegam perto dos 250 mil da Europa, onde o trem é o meio de transporte mais pragmático, que conecta mais de 20 países. A rede tem espaço tanto para trens de passageiros, que atingem mais de 300 km/h – como o TGV, que liga Paris a Barcelona –, quanto para palácios sobre trilhos, caso do luxuoso Al Andalus, na Espanha. E, ainda que pareça um despropósito, é possível ir de trem de Lisboa a Moscou e de lá embarcar na Transiberiana, a maior viagem de trem do mundo, com 14 dias de duração, até Pequim. Quem tem pressa que vá de avião.

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