Concorrência

Um em cada cinco produtos têxteis consumidos é de fora

Menos competitiva, a indústria brasileira abre espaço à concorrência dos importados

Ter, 09/09/14 - 03h00

A desindustrialização brasileira começou e meados da década de 1980 e aconteceu de forma precoce se comparada aos países desenvolvidos. De acordo com o estudo da Fiesp, a maioria dos países desenvolvidos viveu uma desindustrialização natural quando o PIB per capita estava entre US$ 17.500 e US$ 22.500. Com este nível de renda, o país consegue desenvolver um setor de serviços sofisticado, que gera empregos com remuneração bem melhor.
 

No Brasil, a desindustrialização começou em 1985, quando o PIB per capita estava em US$ 7.600. Hoje, este indicador é de US$ 10.300. “A desindustrialização brasileira foi prematura e nociva à continuidade do desenvolvimento econômico”, diz o estudo da Fiesp. O economista chefe da Fiemg, Guilherme Leão, diz que fatores como juros e carga tributária altos, infraestrutura deficiente e falta de mão de obra qualificada prejudicam a competitividade do setor no país.

Menos competitiva, a indústria brasileira abre espaço à concorrência dos importados. O consumo de mercadorias fabricadas no exterior vem crescendo e atingiu em cheio diversos setores, como o têxtil e o de máquinas e equipamentos.

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), nos três primeiros meses deste ano, um em cada cinco produtos têxteis consumidos no Brasil foram fabricados em outros países, principalmente na China. No setor de máquinas e equipamentos os importados são 38,4% do consumo. 

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.