Migrantes

Após atentado em Nice, presidente da Tunísia liga para Macron

Acusado de cometer ataque é tunisiano, e líderes conversam sobre migração ilegal


Publicado em 31 de outubro de 2020 | 21:36
 
 
 
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Túnis, Tunísia. O presidente da Tunísia, Kais Saied, conversou por telefone neste sábado (31) para falar sobre a migração clandestina, dois dias depois de um atentado cometido por um jovem tunisiano em Nice (sudeste da França).

Saied e Macron falaram das "relações bilaterais" e dos "atos terroristas que a França viveu e continua sofrendo", informou a Presidência tunisiana em um comunicado.

Os dois chefes de Estado também trataram "da questão da migração clandestina e as soluções a encontrar conjuntamente para fazer frente a este fenômeno, que se agrava".

Três pessoas - uma delas, brasileira - foram assassinadas na quinta-feira na basílica de Notre-Dame, em Nice.

O suspeito do ataque é Brahim Issaoui, um jovem tunisiano de 21 anos, que imigrou clandestinamente para a Europa e chegou à França no começo de outubro após ter estado na ilha italiana de Lampedusa, segundo uma fonte próxima da investigação.

Saied denunciou "qualquer forma de violência e de terrorismo", em alusão ao atentado em Nice, que também é investigado pelas autoridades tunisianas.

O primeiro-ministro tunisiano, Hichem Mechichi, pediu neste sábado aos ministros da Justiça e do Interior que cooperem plenamente com as autoridades francesas na investigação do atentado em Nice.

Após cifras recorde em 2011, a emigração clandestina aumenta desde 2017 na Tunísia, um país do Magreb, castigado pela instabilidade política e pela pandemia do novo coronavírus, que causou um forte aumento do desemprego.

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